Ouça sem moderação.
É chegada a hora da tão falada e, por vezes, injusta lista dos melhores álbuns de 2023. Assim como fizemos no ano passado, lançaremos listas separadas para discos internacionais e nacionais. Começando pelos estrangeiros, este ano trouxe uma profusão de lançamentos excepcionais. O retorno do Depeche Mode com 'Memento Mori' marcou um ponto alto, apresentando um disco memorável e de suma importância devido à mensagem que cada composição carrega. Tivemos também a grata surpresa do supergrupo boygenius, composto por Julien Baker, Phoebe Bridgers e Lucy Dacus, que lançou o melodioso e belo 'The Record', que tirou muitas lagrimas por aí. Além disso, destacam-se trabalhos de bandas renomadas como The National, Wilco, e o aguardado retorno do Blur. Uma variedade de excelentes sons e gêneros permeou o ano. Muito protagonismo feminino, banda ícone do alternativo noventista e lançamento da maior banda de rock (ainda) em atividade.
Chega a ser difícil selecionar apenas 40 discos nesse vasto oceano de maravilhas da cultura pop. Mas se não for assim, perderia a graça. Que charme teria uma lista que não causasse certa polêmica e descontentamento em parte dos fãs? Por isso, elas são injustas, ingratas e até tenebrosas de se fazer. No entanto, nossa intenção aqui não é caracterizar os 40 melhores álbuns e desmerecer todas as outras obras, mas sim listar aqueles que mais tocaram em nossos ouvidos durante o ano. Todos temos aquele disco xodó, aquele que é como uma companhia constante ao lado da cama. Não fique chateado se o seu artista favorito não aparecer por aqui. Aproveite para ouvir, reouvir e descobrir algo novo.
A presença da música é significativa e vital em nossas vidas. A cultura, a arte e as canções pop enriquecem nossa existência, proporcionando um alento e inspirando a esperança em dias melhores, enquanto buscamos a essência e a paz. Vários álbuns desempenharam um papel fundamental em tornar este ano mais leve, renovando nossa motivação para perseguir nossos ideais. Em meio a um período de desafios, conflitos e aprendizados, também experimentamos momentos de boa companhia, risadas e excelentes filmes - tópico que merece uma lista própria. A música, resiliente, permaneceu presente em todos os momentos de 2023, mesmo diante das adversidades e dos obstáculos. Este modesto portal completou dois anos de existência, dois anos compartilhando cultura pop e semeando a arte como um todo, sem esquecer da cena alternativa brasileira. Aguarde nossa lista de discos nacionais.
Gosto muito da frase que o Jeff Tweedy disse em seu livro de memórias 'Vamos Nessa (Para Podermos Voltar)… ': "A música. Se você a mantiver perto, ninguém pode tirá-la de você. Ela existe. A parte bonita sempre existiu e sempre continuará existindo."
Então, é isso! Nos divertimos, relembramos e revisitamos discos lançados, e tudo se torna uma brincadeira no final. Espero que curtam a lista e aproveitem para ouvir e recordar esses discos. Que todos tenham um ótimo natal e prospero ano novo.
(Marcello Almeida)
Colaboradores desta lista:
Alexandre Tiago, Eduardo Salvalaio, Marlons Silva, Marcello Almeida e Thaís Sechetin
40 - Queens Of The Stone Age - In Times New Roman...
'In Time New Roman...' é pesado, cru e soa grosseiro, uma paulada atrás da outra. "Emotion Sickness'', que foi lançada como o single principal, é uma faixa suja e monstruosa no sentido Frankenstein da coisa; a melodia e a letra atormentada foram costuradas, deixando espaços para toda a sujeira vazar pelas suturas. Camadas e elementos que resgataram o poder primitivo do Blues-Rock dos primeiros discos do grupo.
Aqui o Queens of the Stone Age evoca a angústia inescapável de ver seu mundo desmoronar e, em seus momentos mais poderosos, transmitem tanto a devastação quanto a lenta jornada de retorno do "inferno". Uma combinação de resgate e uma busca sutil por novas possibilidades, como uma arquitetura conceitual de tudo o que a banda tem explorado ao longo de toda sua trajetória na música.
39 - Dolly Parton - Rockstar
Toda boa lista que se preze tem que ter um guilty pleasure. O desta lista só pode ser um álbum da Dolly Parton fazendo o bom e velho Rock, algo que ela ainda não havia experimentado.
Que a Dolly é um ser humano fantástico, uma cantora sensacional e uma compositora divina, não resta dúvida. Em 2022, ela entrou para o Rock And Roll Hall Of Fame, mas só não recusou o convite porque não havia mais tempo. Não se considerava uma artista de Rock. Talvez o fato a tenha inspirado a gravar um disco repleto (eu disse repleto) de releituras de clássicos do Rock, com participações especiais que fizeram história. "Every Breath You Take" com a participação do Sting, "Baby I Love Your Way" com Peter Frampton, "I Hate Myself For Loving You" com Joan Jett & The Blackhearts são apenas amostras de como a Dolly ainda tem muito gás, ousadia e saltão alto para exibir.
Pode não ser o melhor disco da carreira dela, nem o melhor do ano, mas com certeza ele é muito divertido.
38 - Foo Fighters - But Here We Are
A trajetória do Foo Fighters desde o lançamento do seu álbum homônimo em 1995, (disco que na época não foi muito bem recebido pela crítica), mudou da água para o vinho. Dave Grohl passou de baterista do Nirvana para o maior astro do rock n roll, tendo sua imagem ancorada pela frase: "o cara mais legal do rock". Entretanto, a morte tem sido presente na vida de Dave desde então: o suicídio de Kurt Cobain em 1994, o amigo e baterista dos Foos, Taylor Hawkins, como se já não fosse pesado demais, Grohl perdeu sua mãe recentemente também.
No décimo primeiro álbum da banda intitulado 'But Here We Are', o primeiro sem Taylor Hawkins, cada faixa parece buscar um refúgio para lidar com o luto e os recentes acontecimentos que colocaram a banda por um fio, são músicas que emergem do luto, da dor e da tentativa de colar seus vários pedaços pelo chão. O disco é dedicado a essas duas pessoas fundamentais, pilares que serviram de base para que eles pudessem chegar onde estão hoje. Hawkins morreu repentinamente em março do ano passado durante uma turnê da banda; a mãe de Grohl, Virginia, morreu em agosto.
Um disco que celebra a força da família, que busca um refúgio na música para suportar a dor das perdas, às vezes introspectivo, barulhento, repetitivo e confuso. Mas que prova do saboroso poder de cura e resiliência da música. E vale por ver uma banda veterana juntando seus pedaços e explorando seus limites. Como se a vontade de dizer algo para Taylor Hawkins impulsionasse a banda para um novo proposito, de continuar fazendo aquilo que eles gostam de fazer, agora na cia de Josh Freese na bateria.
37 - Loraine James - Gentle Confrontation
Ao longo dos anos, a compositora e produtora inglesa Loraine James aperfeiçoou e trabalhou todo o potencial de sua voz e o lado criativo e minimalista de sua obra. Loraine mistura de maneira exemplar elementos da música eletrônica e experimentalismo, com isso cria um elo para um som altamente expressivo ao fundir o jungle e o idm e assim narrar seus conflitos, emoções e experiências pessoais.
'Gentle Confrontation', como sugere o próprio título, é uma obra que oscila entre momentos mais desafiadores e delicados. As composições compartilham uma atmosfera distintiva, resultante de ambientações enevoadas e uma notável semelhança no tratamento vocal, mas seguem caminhos independentes.
Loraine vem provando ser uma ótima revelação nos últimos tempos na música ambiente ao concentrar seu processo criativo em canções minimalistas com um cunho sentimental e sociopolítico relevante.
36 - Blondshell – ‘Blondshell’
O álbum homônimo de Sabrina Teitelbaum captura de maneira autêntica o início da vida adulta. A compositora Expressou suas emoções mais íntimas e intensas em um triunfante sucesso de rock alternativo. A sensualidade crua, evidenciada em 'Kiss City', foi habilmente destilada.
Como se ela colocasse em foco sua raiva disfarçada de uma inteligencia poética urgente, divertida e destemida. 'Blondshell' representa um sucesso abrangente em diversos aspectos. É raro que artistas em ascensão tenham a chance de experimentar, reajustar seu som e permitir que suas experiências pessoais se manifestem organicamente na música. E isso acontece aqui de forma brilhante com canções que irão martelar por muito tempo em sua cabeça.
35 - Duran Duran – Danse Macabre
Lançado perto do Dia das Bruxas, este é mais um sinal de que o Duran Duran está mais do que vivo. Seus últimos álbuns talvez não alcancem o status dos que moldaram a identidade da banda, mas os fãs podem se considerar privilegiados por ainda receber lançamentos de qualidade.
O disco é bastante divertido e brinca com a temática das músicas de Halloween. A faixa-título é especialmente feita para dançar. Além disso, o cover de "Psycho Killer", com a participação de Victoria De Angelis, do Maneskin, demonstra que o Duran Duran ainda tem o talento para criar covers de qualidade – um feito notável, especialmente considerando o álbum "Thank You" de 1995, que foi, sem dúvida, uma experiência aterradora.
34 -Sleaford Mods – UK Grim
O Sleaford Mods já está em seu décimo segundo disco, despejando acidez e agressividade, mas com muita maturidade. Com letras de cunho político e críticas contundentes ao Reino Unido, a dupla esbanja rimas com um pano de fundo sonoro minimalista.
O álbum também vale a pena para conferir as participações especiais de Florence Shaw (Dry Cleaning), Perry Farrell e Dave Navarro (Jane's Addiction). Provavelmente, o disco conquistou um lugar de destaque na lista pessoal de Iggy Pop. Ele costumava incluir semanalmente uma faixa do Sleaford Mods em seu programa na BBC Radio, o Iggy Confidential.
33 - Lakecia Benjamin - Phoenix
Lakecia Benjamin é uma talentosa e espetacular saxofonista de jazz que tem mostrado e aprimorado cada vez mais sua arte musical ao mesclar o gênero com outros, como hip-hop e soul, sem deixar de lado as referências dos elementos tradicionais do próprio jazz. O que torna seu som envolvente e único. A prova está no fato de que já tocou com grandes artistas da música, como Stevie Wonder e Alicia Keys, e lançou um álbum fantástico em 2020, "Pursuance: The Coltranes", no qual presta homenagem aos gênios John Coltrane e Alice Coltrane, que são grandes referências para ela.
No entanto, a jazzista estadunidense sofreu, em 2021, um grave acidente de carro, o que fez muitos se preocuparem com a artista, a ponto de não saberem se ela conseguiria se recuperar. Para surpresa de todos, ela se recuperou muito bem e, três semanas depois, estava realizando uma turnê na Europa para mostrar sua volta por cima. Esse renascimento em termos discográficos veio em 27 de janeiro de 2023 com o álbum 'Phoenix'.
32 - Jessie Ware - That! Feels Good!
Jessie Ware é uma cantora e compositora britânica nascida em 15 de outubro de 1984, que realiza um trabalho cuidadoso com a música e demonstra uma notável evolução. Antes de se dedicar integralmente à música, sua primeira incursão profissional foi no jornalismo, tendo trabalhado por um tempo no conceituado jornal “The Daily Mirror”.
Quando decidiu se dedicar completamente à música, seu percurso inicial foi gradual, até o ano de 2017, quando lançou “Glasshouse”, seu terceiro disco de estúdio que incluía a faixa "Midnight", um mega hit que marcou a década de 2010. Três anos depois, em 2020, ela lançou “What’s Your Pleasure?”, seu quarto e excelente álbum com fortes referências da Disco Music e Música Eletrônica em um pop maravilhoso de se ouvir. Agora, em 2023, ela mantém o alto nível com o ótimo “That! Feels Good!”, acrescentando ao seu som elementos de Soul e R&B clássico de forma acolhedora, deslumbrante e refinada.
31 - Gorillaz - Cracker Island
O álbum começou a ser gravado em 2021, mas só foi lançado em fevereiro. Foi muito bem recebido pela crítica e vale a pena, especialmente pelas participações especiais, como Thundercat, Stevie Nicks, Bad Bunny, Beck, entre outros.
Com um estilo dançante, por vezes semelhante às bandas pós-punk dos anos 80, o álbum representa um retorno esperado para quem sentia falta do projeto. Sempre proporcionando entretenimento e hits, talvez de forma menos pretensiosa do que nos primeiros discos.
Para quem quer dar um up nos ânimos e dançar, recomendo ouvir a faixa-título e a sensacional "New Gold".
30 - Yo La Tengo – This Stupid World
Uma das melhores bandas de Indie do mundo, o Yo La Tengo é uma das inúmeras bandas que têm histórias de álbuns projetados em 2020 que só foram finalizados e lançados recentemente.
Outra característica do disco é que ele foi gravado de forma totalmente independente, dispensando a parceria de algum produtor: a própria banda assina a produção. Apesar de todos esses anos de estrada, a banda não abandonou a sonoridade característica de décadas atrás e músicas como “Sinatra Drive Breakdown”, “Fallout” e “Stupid World” nos trazem à memoria aquela guitarra distorcida que tanto ouvimos no grunge, indie e demais estilos alternativos noventistas. É um disco pesado, ruidoso e dolorido de ouvir. Por isso, agradecemos!
29 - Fito Paez - EADDA9223
O argentino Rodolfo Páez, mais conhecido como Fito Páez, é um dos nomes mais importantes da história do rock argentino. Em 2023, ele tem muitos motivos para comemorar, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Na vida pessoal, ele mantém uma relação muito boa com seus filhos, está noivo da atriz Eugenia Kolodziej e completou 60 anos em 13 de março. Já na vida profissional, lançou discos muito bons e está sendo homenageado na minissérie "Fito Páez: El Amor Después del Amor", uma produção da Netflix Argentina, cujo nome em português é "Amor e Música: Fito Páez". Além disso, decidiu reviver seu clássico álbum "El Amor Después del Amor" em "EADDA9233", um lançamento muito bem feito, repleto de muitas participações especiais, para espalhar mais amor e arte pelo mundo em 2023.
Para quem não sabe, o disco "El Amor Después del Amor", lançado em 1992, é considerado atualmente como o álbum mais vendido e aclamado da história do rock argentino. Com vendas expressivas e elogios, o álbum conta com diversas participações especiais, que vão desde Mercedes Sosa até Charly García e Gustavo Cerati. Sua sonoridade é notável, e o álbum figura nas mais importantes listas de música devido à sua alta qualidade.
No novo trabalho, Páez resgatou e atualizou esse registro de forma magnífica, com a presença de músicos novos da cena musical argentina, artistas renomados do rock argentino e artistas de outras nacionalidades. Isso faz com que todos se sintonizem com a sonoridade desse álbum, que merece ser ouvido e divulgado, marcando a presença de encontros marcantes e sons simplesmente magníficos.
28 - Birdy – Portraits
Por ter sua formação iniciada no piano, podemos dizer que muito da sonoridade de Birdy se enriquece por panoramas acústicos e orquestrados.
Entretanto, a cantora sabe flertar com o Pop-Rock e coloca o ouvinte sorridente em faixas dançantes regadas por um sabor 80’s como ‘Paradise Calling’, ‘Ruins I’ e ‘Automatic’. Um disco para ser apreciado como um todo, sem o infeliz hábito de pular faixas. Enaltece o espírito de resgatar o velho exercício lá dos anos 80/90 quando o prazer de descobrir um álbum inteiro era típico de nossas vidas.
27 - Iggy Pop - Every Loser
Em 'Every Loser', Iggy Pop abraça todas essas vertentes do rock pesado e joga uma brisa enérgica em sua carreira. Aos 75 anos, o roqueiro demonstra energia de sobra e esbanja vitalidade em seus vocais precisos e inconfundíveis. Quando muitos de seus colegas de geração já estão mortos ou relembrando seus sucessos para continuar em turnê pelos estádios, o eterno espírito livre do rock promete um álbum feito à moda antiga, que vai “dar uma surra sonora em você”.
Ao lado do produtor Andrew Watt, conhecido por já ter trabalhado com artistas como: Miley Cyrus, Morrissey e Elton John. Watt não tenta modificar Iggy Pop em algo que ele não é, mas dá a ele a liberdade para ser todo Iggy Pop que quiser ser.
A música na vida de Iggy pode muito bem ser sinônimo de resistência e existência. Uma notória celebridade do punk que sobreviveu aos efeitos do tempo e se tornou uma referência para novos artistas e continua a disseminar sua música com maestria e paixão de um jovem eufórico e destemido, mantendo acesa a chama de sua geração.
'Every Loser' é uma comemoração excentricamente alegre da vida de alguém que sabe por que você não deve desperdiçar nenhum momento, ou talvez ele apenas esteja cumprindo a profecia que cantou em "Kill City". "Se eu vou morrer aqui, primeiro vou fazer barulho".
26 - Belle And Sebastian - Late Developers
Ouvir Belle & Sebastian é mergulhar em canções agridoces, melodias serenas e suaves daquelas que chegam a ser possível escutar o dedilhar dos dedos no violão. Para uma banda que surgiu em meados dos anos 90, de maneira improvisada por músicos de Glasgow, essa sonoridade melódica construída através de letras poéticas e inteligentes, figurando personagens icônicos que se entrelaçam com a vida real, foi o estopim para a Belle moldar o som do indie pop da época e conquistar os corações aficionados por música.
De uma banda como Belle & Sebastian, pode se esperar de tudo. De surpresa, Stuart Murdoch e sua turma, lançaram ‘Late Davelopers’ (2023), um disco que, de primeiras impressões, parece revisitar o legado da banda de álbuns já mencionados aqui neste texto. Não é aquele disco que te pega logo de início, entretanto, conforme você vai dando chances ao álbum, a nostalgia e magia de canções como “When we Were Very Young” vai espalhando o sabor do disco, e logo, logo você começa a se entregar a proposta da obra.
O segundo álbum dos veteranos do indie pop em um período de doze meses resgata o espírito de ótimas canções pop e "tempera" tudo isso com toques de suavidade, trazendo vitalidade para 'Late Developers'. Um retorno satisfatório a boa forma do Belle & Sebastian. É o disco mais recompensador da banda de Glasgow desde 'The Life Pursuit', de 2006.
25 - Sobs - Air Guitar
Celine Autumn, Jared Lim e Raphael Ong formam o trio enérgico de Singapura, Sobs, o grupo mergulha agridocemente nas raízes nostálgicas de sons de guitarras ensolaradas e vocais adocicados. Ouvir a banda é como fazer uma viagem atualizada ao passado e surfar nas ondas gostosas do power pop. O Sobs é como se fosse um oásis ensolarado na paisagem melancólica da cena indie de Singapura.
O trio chegou ao seu segundo disco intitulado ‘Air Guitar’, sucessor do marcante e envolvente ‘Telltale Signs’ de 2018. O novo trabalho conquista e cativa o ouvinte logo de cara com a faixa-título (Air Guitar) que entrega as melhores aspirações da música pop com sons de guitarras nostálgicos e melódicos. As canções da banda falam de sentimentos íntimos e com isso conseguem selar uma maior proximidade com o ouvinte. A cada música, você se deixa levar pelo ritmo e acaba se transportando do passado ao presente.