Fred Durst presta tributo comovente a Sam Rivers: “Ele era a alma do som do Limp Bizkit”
- Marcello Almeida

- 19 de out.
- 2 min de leitura
Alguns irmãos a gente encontra no palco, e nunca mais se separa

O vocalista do Limp Bizkit, Fred Durst, compartilhou uma homenagem emocionada ao baixista Sam Rivers, que faleceu aos 48 anos. A notícia da perda foi confirmada pelo grupo em 18 de outubro, descrevendo o músico como “a alma do som” e “um tipo de ser humano que só acontece uma vez na vida”. A causa da morte não foi divulgada.
Em um vídeo publicado em seu Instagram, Durst relembrou os primeiros anos de convivência com Rivers e a importância dele na história da banda.
“Sam Rivers, a lenda, de verdade. Uma pessoa tão talentosa, incrivelmente doce e maravilhosa”, começou o vocalista. Ele contou que conheceu o baixista em Jacksonville, Flórida, nos anos 1990, quando ainda buscava músicos para formar o grupo.
“Eu tinha uma ideia e uma visão para esse tipo específico de estilo e som, mas simplesmente não conseguia fazer tudo certo. Então, decidi procurar os músicos certos para dar vida a isso.”
Durst recordou o momento em que viu Rivers tocar ao vivo:
“Vi o Sam tocar e fiquei impressionado. Ele também tocava um baixo de cinco cordas. Eu nunca tinha visto ninguém usando um baixo de cinco cordas. Ele era tão suave e habilidoso, que se destacava. Eu não conseguia ouvir nada além do Sam, tudo desapareceu, exceto o seu talento.”
O vocalista contou que o convidou para integrar a nova banda e que Rivers, por sua vez, indicou o primo John Otto para a bateria — formando a base do que se tornaria o Limp Bizkit. “É tão trágico que ele não esteja aqui agora, e eu já chorei muito desde ontem. O Sam é uma lenda, sabe? Ele fez isso, ele viveu isso.”
Durst também falou sobre o vínculo que os unia.
“Arrasamos em estádios juntos, viajamos o mundo todo juntos, compartilhamos tantos momentos juntos, e eu sei que, onde quer que o Sam esteja agora, ele está sorrindo e pensando: cara, eu consegui. E, cara, ele conseguiu mesmo.”
O vocalista destacou ainda o caráter e a generosidade do amigo:
“O que ele nos deixou não tem preço. Sam era muito reservado, mas as poucas pessoas que conviveram com ele sabem que o que estou dizendo é verdade. Foi o primeiro cara que apareceu e disse: ‘É, vamos lá, vamos fazer’.”
Durst encerrou o vídeo com gratidão e emoção:
“Tive muita sorte de tê-lo na minha vida. Sou incrivelmente grato por ter compartilhado parte dessa jornada com Sam Rivers. Já sinto muita falta dele. Todo o amor que vi online é impressionante — ele realmente teve um impacto no mundo. Sua música e seu talento são eternos. Eu simplesmente o amo muito.”
Rivers havia deixado temporariamente o Limp Bizkit em 2015, após ser diagnosticado com doença hepática causada pelo excesso de álcool, como revelou ao autor Jon Wiederhorn no livro Raising Hell. Após um transplante de fígado, retornou à banda três anos depois e seguiu tocando até sua morte.
De timbre grave e alma tranquila, Rivers foi o pulso do som e da história do Limp Bizkit — e, nas palavras de Durst, “a lenda que fez tudo acontecer”.















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