Morre Sam Rivers, baixista do Limp Bizkit, aos 48 anos

Alguns baixos continuam soando, mesmo depois do silêncio

Imagem: Reprodução

Morreu aos 48 anos o músico Sam Rivers, baixista e cofundador do Limp Bizkit, um dos nomes mais emblemáticos do nu metal dos anos 1990. A notícia foi confirmada nas redes oficiais da banda. A causa da morte não foi divulgada, mas sabe-se que Rivers enfrentava problemas hepáticos decorrentes do consumo excessivo de álcool, tendo passado por um transplante de fígado há alguns anos, motivo que o afastou do grupo entre 2015 e 2018.

Em nota emocionada, os integrantes prestaram homenagem ao companheiro:

“Uma lembrança carinhosa do nosso irmão, Sam Rivers. Hoje perdemos nosso irmão. Nosso companheiro de banda. Nosso coração pulsante. […] Sam não era apenas nosso baixista — ele era pura magia. A pulsação por trás de cada música, a calma no caos, a alma no som. […] Nós te amamos, Sam. Nós te carregaremos conosco, para sempre. Descanse em paz, irmão. Sua música nunca acaba.”

Rivers nasceu em 2 de setembro de 1977, em Jacksonville, Flórida, e começou a tocar ainda criança, primeiro tuba, depois guitarra, até se encontrar definitivamente no baixo elétrico, instrumento que moldaria sua identidade artística. Trabalhando em uma rede de fast food, conheceu Fred Durst, com quem formaria a banda Malachi Sage, embrião do Limp Bizkit. A formação se consolidou com John Otto, Wes Borland e DJ Lethal, marcando o início de uma das sonoridades mais impactantes da virada do milênio.

Ao longo de mais de três décadas, Sam gravou todos os seis álbuns de estúdio do grupo e chegou a tocar guitarra em faixas do disco Results May Vary (2003), período em que Borland estava fora. Também foi membro do projeto Sleepkillers e atuou como produtor de bandas como Burn Season e The Embraced.

O músico estava escalado para tocar com o Limp Bizkit no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 20 de dezembro, ao lado de Yungblud, 311, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad.

De timbre grave e presença serena, Sam Rivers foi o contrapeso entre o caos e a cadência do Limp Bizkit, o tipo de músico que transformava fúria em ritmo. E mesmo que a vida tenha silenciado sua nota final, o baixo de Sam ainda vibra, no palco, no corpo e na memória de uma geração.