Midlake faz de A Bridge To Far mais um bom passo para alavancar sua musicalidade e experiência
- Eduardo Salvalaio
- há 11 horas
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Midlake não vive apenas da sombra de seus primeiros discos e faz de A Bridge To Far mais um bom passo para sua história

Midlake é uma banda que ficou bem conhecida por muitos ouvintes através de seu segundo disco, o interessante The Trials of Van Occupanther (2006). Um trabalho que se sobressaiu em muitas listas daquele ano e que lançou o grupo aos holofotes da mídia, mesmo com sua personalidade indie de ser.
O grupo atravessou uma década não tão frutífera com poucos lançamentos (entre 2010 e 2020), ficando até um pouco no esquecimento, apesar de ter revelado grandes músicos talentosos conhecidos no cenário musical a exemplo de Tim Smith e Jesse Chandler (que chegou a colaborar com Pearl Jam e Norah Jones).
Após nove anos sem disco novo, a volta triunfal aconteceu em 2022 com o atraente For the Sake of Bethel Woods. Se os americanos começaram sua trajetória praticamente pautados na sonoridade influenciada pela década 70’s, o próprio tempo trouxe mudanças do grupo executando uma sonoridade mais multifacetada e aberta a mudanças.
Três anos se passaram, a banda chega com A Bridge To Far. Praticamente uma segunda parte do trabalho anterior, o Midlake continua afiado e ousando num leque musical mais amplo onde Psicodelia, Folk e o Indie-Rock se juntam sem problemas. O disco foi gravado por Sam Evian que tem em seu currículo nomes como Big Thief e Cass McCombs.
Com elementos acústicos como wurlitzer e bandolim, ‘Days Gone By’ entrega uma bela melodia que transmite um sentimento 60’s. ‘A Bridge To Far’, um dos destaques do disco, é conduzida por um atraente refrão e gruda de primeira na nossa mente. ‘The Ghouls’ adiciona um peso certeiro com riffs de guitarra e bateria bem marcantes.
‘Guardians’ é um belíssimo Folk com a participação da cantora americana Madison Cunningham. A faixa traz um dueto entre Eric Pulido e a cantora entre arranjos que mesclam guitarras, piano e orquestração. ‘Eyes Full Of Animal’ com uma levada mais suavizada traz a adição de flauta, outro instrumento que marca bastante presença na sonoridade do Midlake.
‘The Calling’ entrega um Rock enérgico destacando guitarras e sopros em pleno vapor. ‘Within/Without’ aposta num clima etéreo com camadas vocais e uma sonoridade hipnotizante. A melancolia e a introspecção de ‘The Valley Of Roseless Thorns’ fecha o álbum de forma eficaz, apesar de forma serena.
Midlake não vive apenas da sombra de seus primeiros discos e faz de A Bridge To Far mais um bom passo para sua história que continua sendo contada daqui pra frente, uma trajetória que adiciona os méritos do talento, da experiência, da maturidade e da paixão por fazer música.

Veja o vídeo de ‘The Ghouls’:











