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Internal Drone Infinity reitera a sonoridade em evolução do Living Hour

O grupo segue por uma sonoridade inebriada de influências que passam tanto pelo My Blood Valentine como pelo Beach House

Living Hour
Créditos: Adam Kelly

Living Hour é um grupo canadense (de Winnipeg) que se formou por volta de 2013. Começou sua experiência sonora no porão de uma casa, sendo que a primeira prova de fogo foi a demo de uma cover da canção ‘In The Cold, Cold Night’ do The White Stripes que acabou gerando repercussão. Em 2016 chegava o début homônimo.

 


Os canadenses despertaram logo a atenção de Kurt Feldman, integrante do The Pains of Being Pure at Heart que, inclusive, seria o responsável pela produção de Softer Faces (2019), o segundo disco. Em seguida viria Someday Is Today (2022).

 

Contando com dois guitarristas (Adam Soloway e Gil Carroll) e com os vocais ora cândidos, ora enérgicos de Samantha Sarty, o grupo segue por uma sonoridade inebriada de influências que passam tanto pelo My Blood Valentine como pelo Beach House. Espere ouvir reunião de gêneros como Shoegaze e Dream Pop.

 

Logo na abertura com ‘Steinless Steel Dream, notamos o peso que o grupo confere em sua sonoridade. ‘Wheel’ dá mais consistência a um Pop-Rock grudento e remete a algo do Sonic Youth. ‘Waiter’ alterna entre leveza e peso com direito a um final que se afunda numa parede maciça de guitarras. ‘Firetrap’, um dos destaques do disco, cresce gradativamente com uma sonoridade que traz guitarras se duelando e cheias de pedais.

 

A segunda metade do disco praticamente reserva uma atmosfera melancólica e introspectiva. A exceção de ‘Big Shadow’ que guarda lembranças do Grunge, ‘Texting’ chega com uma roupagem acústica com uma levada típica do Folk, enquanto ‘Half Can’ e ‘Little Kid’ retiram o peso dos instrumentos e se conduzem por um viés Lo-fi. ‘Things Will Remain’ reúne vocal masculino e feminino numa faixa que tenta soar como uma canção de ninar.

 


Passando dos 10 anos de atividade e com um quarto disco bem produzido, Living Hour faz parte daquelas bandas que de um modesto ensaio no porão de casa consegue abraçar o mundo e conquistar com sua sonoridade que consegue evoluir a cada lançamento.

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 Veja o vídeo de ‘Best I Did It’:


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