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Por que ainda ouvimos “MMMBop”, dos Hanson

Em um mmmbop, tudo pode mudar. Até você

Hanson
Imagem: Bilboard

Existe uma sabedoria desarmada e verdadeira que só pode vir da juventude. E é exatamente isso que faz de MMMBop, do trio Hanson, uma canção que resistiu ao tempo — mesmo com seu refrão aparentemente infantil e seu ritmo açucarado de anos 90.



Lançada em 1997, quando os irmãos tinham entre 11 e 16 anos, MMMBop soa como um hit adolescente qualquer. Mas por trás do vocal agudo e da energia ensolarada, está um lembrete surpreendentemente maduro: o tempo passa num estalo — e quase tudo o que parece importante demais simplesmente desaparece.


“Em um mmmbop, eles se foram”, dizem. Amigos, amores, promessas — só um ou dois vão durar. A música fala de relações verdadeiras, daquelas que sobrevivem à pressa, às decepções, às mudanças. E pergunta, com delicadeza: quem é que vai continuar com você quando o barulho acabar?


Os versos sobre plantar sementes, flores ou rosas são quase filosóficos. A gente cultiva pessoas sem saber no que vai dar. Algumas florescem, outras murcham. E o mais desafiador: isso é um segredo que ninguém sabe. Nenhum manual. Nenhuma certeza. Só o tempo.




A força de MMMBop está exatamente aí: na mistura improvável entre juventude e maturidade, leveza e verdade. Ela nos pega de surpresa porque dança enquanto fala de perda. Sorri enquanto nos avisa que, cedo ou tarde, tudo muda. E no meio do pop chiclete, deixa uma pergunta que ecoa bem mais do que o refrão: quem você vai escolher manter por perto?




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