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Unindo Eletrônica, Rock e Psicodelia, ‘Despertar’ do DNSM é sopro de criatividade no cenário musical

Efeitos, guitarras, percussão performática e psicodelia

Foto: Publicidade

DNSM é uma banda paulista formada em 2018. O quarteto é composto por JJ Zen (vocais), Deborah Facco (vocais), Pedro Rocha (guitarra) e Felipe Hipernoise (efeitos e sintetizadores). A sonoridade do grupo segue um padrão moldado por vocais, guitarra e sintetizadores. Nota-se uma forte influência de bandas que passam pela Eletrônica (Depeche Mode, Leftfield) ou pela Psicodelia (Secos e Molhados, Mutantes). O grupo chega ao terceiro EP, "Despertar".


A abreviatura do nome da banda, segundo os próprios integrantes, pode ser usada para a expressão ‘Don’t Need So Much’, Para o quarteto, estar numa sociedade de consumo não nos impede de vivermos bem com pouco, com somente o que nos é necessário. Isso fica bem evidente numa das preocupações do DNSM: criar letras que dialogam com o panorama atual brasileiro, que nos obrigam a refletir sobre questões sociais, políticas ou até da própria efemeridade da vida. Exemplo é a bela faixa de abertura ‘O Tempo’ onde Deborah canta: ‘As horas que juntam/Fortunas, tristezas/E o tic e o tac no pulso/O futuro passa a ser um museu/O Agora foi o ontem já morreu’.


‘O Tempo’ mostra de forma adequada a boa música que o grupo faz. A voz de Deborah (que tem formação lírica e já cantou em corais) dá a delicadeza correta num instrumental que engloba sabiamente efeitos, guitarras, percussão performática e aquela sensação de que a Psicodelia está bem conectada na Música atual.

‘Ouse o Amor’ se apoia numa harmonia Pop-Rock guiada por refrão grudento, batida incisiva, vocais espalhados pela música e a perfeita união entre guitarra e sintetizador. ‘Aqualtune’ começa bem eletrônica, contudo abre espaço para uma sonoridade pesada que busca o Rock com direito a solo de guitarra, canção essa que nos faz pensar em algo do The Chemical Brothers. Com letra citando a líder quilombola e avó de Zumbi dos Palmares, reflete uma banda que incorpora História na Música sem nada ficar maçante.


‘Dormente’ é toda hipnotizante. Composta por um bloco preciso e indissolúvel, faz tudo entrar numa combinação coesa: vocais, batida, letra sensata e novamente a guitarra envolvente de Pedro Rocha (vale lembrar que o integrante tem formação Jazz e também toca em outros grupos).


“Despertar” é um dos EP’s nacionais mais interessantes de 2022. Um exemplo que mostra uma banda promissora que se preocupa em unir melodia e letras num único lugar.

 

Despertar

DNSM


Lançamento: 3 de junho de 2022

Gênero: Rock Psicodélico, Música Eletrônica, Indie Rock

Ouça: "O Tempo", "Ouse o Amor", "Dormente"

humor: Provocativo, atmosférico, Envolvente


 

NOTA DO CRÍTICO: 8,5

 

Spotify:


 

Veja o clipe de "Ouse o Amor":



 


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