Eduardo Salvalaio
- 19 de set. de 2022
- 2 min de leitura

“Um” coloca Luna França como uma cantora em ascensão e reflete sua paixão pela Música

A cantora adota uma sonoridade sensual embebida nos lanços da MPB, Bossa Nova, Rock e Pop que se aproxima da cantora Céu

Luna França iniciou seu contato com a música bem cedo. Não é por menos, ela é filha de Dudu França, cantor que atuou bastante nos anos 70’s/80’s. Com 15 anos, ao lado de seu pai, Luna já cantava profissionalmente. Também teve aulas de harmonia e de piano sob o comando da pianista Silvia Goés.

Apesar de nova, demonstrou experiência participando de muitos shows como Lollapalooza (SP), além de compartilhar o palco com grandes nomes a exemplo de Paulo Miklos e Tatá Aeroplano. Embora seja formada em Jornalismo, foi na Música que encontrou sua paixão. Também é produtora musical o que deixa ainda mais latente seu engajamento com a arte.

Trazendo uma sonoridade que mescla Pop, Rock, MPB e Bossa, a cantora também faz questão de trabalhar as letras de sua música. Muito do que Luna canta, trata de relacionamentos amorosos e geralmente as frases chegam de forma lúdica, sensual e até mesmo erótica. Exemplo é a faixa ‘Como’: ‘’Te Janto, te lambo / Lambuzo, te uso / Que gula, engulo / Num gole, loucura’.

“Um”, o novo álbum de Luna, é um trabalho curto e experimental, e, embora foque bastante no poder vocal da cantora, não deixa de ter um instrumental bem cuidado. A eletrônica somada a guitarras oportunas colabora para a levada dançante e cheia de suingue de ‘Como’. ‘Não Te Conheço Mais’ conquista com sua leveza Pop e destaca o vocal de Luna com várias texturas e camadas.

O ritmo calmo de ‘Minha Cabeça’ é bruscamente interrompido por vocais mais enérgicos e uma bateria requebrada. ‘Gira’ é cheia de efeitos, possui bateria primal e resvala para uma sonoridade Psicodélica. Um lado orquestrado surge com as cordas e os pianos bem arranjados de ‘Terapia’.

Luna França é mais uma interessante e promissora revelação do cenário musical brasileiro. Uma cantora com o dom da música correndo em seu sangue, cujo tempo pode lapidar ainda mais a julgar pelo que vem apresentando.