Ozzy Osbourne promete “dar 120%” em show final com o Black Sabbath: “Se meu Deus quiser, eu farei”
- Marcello Almeida
- 30 de mai.
- 2 min de leitura
Ícone do metal fala sobre saúde, obsessões e retorno histórico com formação original do Sabbath em Birmingham

Ozzy Osbourne está se preparando para o que promete ser o último grande ato de sua carreira com o Black Sabbath — e está colocando tudo o que lhe resta nessa despedida. Durante um episódio recente de seu programa Ozzy Speaks, na SiriusXM, o Príncipe das Trevas falou com franqueza sobre seus desafios físicos e emocionais enquanto ensaia para o reencontro da formação clássica da banda, marcado para 5 de julho, no Villa Park, em Birmingham.
“Não fiz nenhum trabalho físico nos últimos sete, seis e meio, sete anos”, contou Ozzy, lembrando o longo período fora dos palcos devido a cirurgias e complicações de saúde — incluindo sua luta contra o Mal de Parkinson.
“Mas, de um jeito ou de outro, eu vou conseguir chegar lá.”
O show será o primeiro em mais de 20 anos com os quatro membros fundadores: Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Um marco histórico que, segundo Ozzy, ele não pretende desperdiçar.
“Tenho um personal trainer que ajuda as pessoas a voltarem ao normal”, disse ele. “É difícil, mas ele está convencido de que pode me ajudar. Estou dando tudo de mim.”
Seu co-apresentador e amigo Billy Morrison perguntou se ele estava obcecado com o show, acordando estressado. Ozzy foi honesto:
“Às vezes, sim. Mas e se eu começar a ficar obcecado o tempo todo? Vou ficar louco até sexta, sabe? Então, estou vivendo um dia de cada vez. Sabe, quando estávamos falando sobre isso [transtorno obsessivo-compulsivo], sei lá. Eu tenho isso muito.”
Mesmo com todas as limitações, o vocalista se mantém determinado:
“Tudo o que posso dizer é que estou me dedicando 120%. Se meu Deus quiser que eu faça o show, eu farei.”
O evento em Birmingham também trará um lineup de peso — praticamente uma enciclopédia viva do metal: Metallica, Slayer, Pantera, Alice In Chains, Gojira, Anthrax, Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Guns N’ Roses, Korn, Tool e muitos outros. Para Ozzy, trata-se de uma celebração de legado.
“São todas as pessoas que influenciamos ao longo dos anos”, comentou, antes de revelar um momento comovente com o filho: “[Meu filho] Jack me disse: ‘Bem, agora você conseguiu’, e eu respondi: ‘Não, não consegui. Quero fazer mais música’.”
Mesmo às portas de uma despedida histórica, Ozzy continua sendo Ozzy — insaciável, determinado, e acima de tudo, humano. Se esse for mesmo o último grito do Sabbath, que seja com sangue nos olhos, suor na pele e o coração pulsando a 120%.
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