Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos no Rio de Janeiro
- Marcello Almeida
- 8 de ago.
- 2 min de leitura
Arlindo Cruz deixa um legado que atravessa gerações, consolidando-se como referência incontestável do samba brasileiro

O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. Ele estava internado no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste da cidade.
Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017 e, desde então, convivia com sequelas, passando por diversas internações. Sem se apresentar nos últimos anos, manteve seu legado como um dos nomes mais importantes do samba.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho recebeu de admiradores o apelido de “o sambista perfeito”, inspirado em uma composição com Nei Lopes que também deu título à sua biografia lançada neste ano.
Mestre no cavaquinho e no banjo, começou a tocar aos 7 anos e, ainda adolescente, estudou violão clássico e teoria musical, iniciando sua trajetória profissional ao lado de ícones como Candeia.
Compositor de mais de 550 músicas, teve obras gravadas por artistas como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e Alcione. Foi integrante do grupo Fundo de Quintal por 12 anos, período em que ajudou a imortalizar sucessos como “Seja Sambista Também” e “O Mapa da Mina”.
No carnaval, brilhou como autor de sambas-enredo do Império Serrano e da Grande Rio, sendo homenageado como enredo da verde e branca em 2023. Em carreira solo, lançou álbuns e DVDs que reuniram parcerias com nomes como Caetano Veloso e Alcione, mantendo-se ativo até a doença interromper suas apresentações.
Arlindo Cruz deixa um legado que atravessa gerações, consolidando-se como referência incontestável do samba brasileiro.
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