Moments equilibra a eletrônica tradicional do Cut Copy junto com outras experimentações sonoras
- Eduardo Salvalaio

- 16 de set.
- 2 min de leitura
Após cinco anos, os australianos retornam com Moments

Cut Copy é um grupo australiano que surgiu em 2001. E foi exatamente nesta década que ele fez um sucesso estrondoso, inclusive com o lançamento de In Ghost Colours (2008). Um disco repleto de canções grudentas e dançantes que frequentariam facilmente as rádios FM’s do passado. Um trabalho que agradou bastante aos fãs da Eletrônica e de seus subgêneros.
Na década seguinte, o sucesso não foi tanto, o grupo alternou entre bons discos como Zonoscope (2011) e outros regulares a exemplo de Haiku From Zero (2017). Também foi um momento de partir para outras paisagens sonoras, formulando uma eletrônica mais comportada e introspectiva, até mesmo com inserções acústicas, o que ocorreu no bom, embora incompreendido Freeze, Melt (2020).
Após cinco anos, os australianos retornam com Moments. O sétimos disco da carreira traz composições ao velho estilo do Cut Copy, assim como canções que voltam a girar em torno da criatividade e a favor de experiências/mudanças sonoras.
Muros de samplers e sintetizadores somados aos vocais inconfundíveis de Dan Whitford garantem a abertura simpática do disco com ‘Solid’. Também é preciso variar e em seguida, ‘Belong To You’ flerta com um Funk que se mistura a sintetizadores e traz um belo dueto entre a cantora Folk Kate Bollinger e Whitford.
Um oportuno coro infantil surge e surpreende o ouvinte na metade de ‘When This Is Over’. ‘Moments’ praticamente se divide em duas partes: começa inserida numa Eletrônica sutil e minimalista, depois ganha batidas marcantes e vozes robóticas. ‘Gravity’ com mais de 7 minutos, é a mais experimental do álbum. Com mudanças de texturas, percebemos como a banda recebeu tanto influências de Pet Shop Boys como de Kraftwerk.
O clima abafado e melancólico de ‘Find A Place Among The Stars’ indica que o Cut Copy anda também ligado a cenários próximos a Ambient Music. Um fechamento diferente se pensarmos na euforia e no ritmo dançante que predominou no disco de 2008, entretanto, os australianos continuam firmes e fortes em seu propósito de dar um bom rumo para a Eletrônica que executam.
















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