Ghost Of Tsuhima nos leva ao antigo Japão dos Samurais com um mundo aberto e muito para explorar.
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Ghost Of Tsuhima nos leva ao antigo Japão dos Samurais com um mundo aberto e muito para explorar.

Um ambicioso projeto da americana Sucker Punch (sediada na cidade de Bellevue) que, mesmo antes de ser lançado, causava muita expectativa

Foto: Nexperts

Jogos de mundo aberto viraram um grande filão no mercado de games. Realmente conquistaram diversos jogadores pelo mundo. Costumam ser longos para terminar (entre 40 a 80 horas), são repletos de missões e apresentam uma diversidade de itens para coletar. Explorando cenários urbanos (Grand Theft Auto e Sleeping Dogs), paisagens selvagens (Far Cry e Just Cause) e mesmo tempos medievais (Assassin’s Creed), tais jogos renderam inúmeras sequências e frequentemente são campeões de vendas.


Embora o formato (ou gênero se preferir) esteja um tanto estagnado e não apresente muitas surpresas, algumas ideias surgem para dar aquele toque de inovação. Se Horizon Zero Dawn da Guerrilla Games inova ao trazer um mundo aberto com toque futurista/distópico ocupado por animais-robôs, Ghost Of Tsushima traz ao jogador um gigantesco mundo baseado no Japão do Século XIII, numa época quem que Samurais e seus clãs fizeram a história do país.


Um ambicioso projeto da americana Sucker Punch (sediada na cidade de Bellevue) que, mesmo antes de ser lançado, causava muita expectativa. A produtora conseguiu entregar jogos que até hoje cativam jogadores, a exemplo de Sly Cooper e de Infamous, então, estava nas mãos da empresa trazer um jogo que fizesse jus a sua reputação.



No jogo, vivemos o papel do personagem Jin Sakai que se vê diante de uma invasão dos Mongóis, liderados pelo cruel e poderoso Khotun Khan. Com Tsushima toda sitiada pelos invasores, Jin precisa encontrar apoiadores para trazer novamente liberdade a seu povo. Claro, a trajetória do samurai não será nada fácil, com traições, surpresas, reviravoltas e muitos desafios pela frente, com um imponente mundo a desbravar.


Tsushima é dividida em 3 regiões. Precisamos libertar vilas, fazendas e fortes tomadas pelos inimigos para, gradativamente, abrir habilidades para Jin, além de prosseguir mais na história e no mapa. Pense no mesmo sistema de Far Cry quando os postos avançados tomados pelos inimigos são libertados e revelam mais detalhes e tarefas no cenário.

Mas o jogo também reserva muitos lugares escondidos como santuários íngremes que precisam ser escalados e que garantem oferendas, fontes termais que adicionam um pouco mais de sangue ao personagem, desafios cortando o número máximo de bambus, além de pilares que entregam kits para sua espada. Existe até tempo para Jin encontrar lugares belos e solitários para escrever seus haicais e poder refletir.


Entre várias missões principais, as secundárias (típicas side quests) também estão em grande quantidade e garantem muitos itens bons como recompensa. Talvez aí que resida uma das poucas coisas ruins do jogo. Algumas missões exigem que você siga um rastro ou encontre pistas pelo cenário. Apesar da indicação com lupa pelo mapa, é fácil se perder e não encontrar tão facilmente o que está sendo pedido, sobretudo quando existe muita vegetação ao redor. Pode irritar um pouco, mas com um pouco de persistência o jogador segue adiante.


O combate também traz um pouco de inovação ao não se tornar um Hack And Slash descerebrado e que depende somente de apertar botões sem parar. Não apenas bloquear os golpes dos inimigos é importante, mas também estudar a arma que ele está usando, para tanto, a inserção de 4 posturas diferentes de combate traz mais frescor à jogabilidade, tudo bem explicado nos tutoriais. Pode gerar alguma dificuldade no início, mas com alguns combates a técnica chega logo.



Jin se faz valer de katanas, arcos e flechas, além de outros acessórios como kunais e bombas de fumaça. Ganhando pontos, aqui também existe o tradicional esquema de gastar em habilidades que melhoram itens, golpes e até a furtividade do personagem.


Por outro lado, existe a parte furtiva, baseada no velho sistema de usar vegetação, rochas, lugares altos e encontrar caminhos alternativos como passar por baixo de tendas ou residências (uma herança inegável de Sly Cooper). Muitas vezes é preciso seguir por atalhos do terreno para alcançar seus objetivos, dessa forma, nosso personagem escala rochedos ou passa por lugares íngremes (bem no estilo de Uncharted ou Tomb Raider).

Em algumas missões, o jogo lhe oferece estudar o terreno previamente e também muitos trajes que você ganha depois acabam melhorando sua furtividade. Com exceção de poucas missões aonde você não pode usar a espada, o jogo oferece infinitas possibilidades ao jogador, do mais adepto da ação até o mais furtivo possível. Então, fica a cargo da estratégia de cada um de como passar por determinada missão.


A parte visual enche os olhos. Digamos que, assim como The Last of Us 2, esse é um jogo que extrapola os limites do PS4 (versão testada). Misturando tanto o cenário desolado e devastado (casas derrubadas e incendiadas, corpos no chão) como a bela estética japonesa (templos, dojos, folhas de cerejeira no chão, rios, cascatas), o jogo captura bem a essência de estar em meio a uma batalha pela reconquista de territórios sem perder a magia de uma terra com esplendorosa natureza e detalhes.


Os duelos da história, por exemplo, apesar de frenéticos, acontecem em meio a paisagens marcantes que suavizam a ação. A tela de loading também é consideravelmente rápida e não irrita caso falhemos em algum desafio, inclusive com checkpoints generosos.


Vale lembrar que o jogo está gratuito para quem optou pela assinatura da PSN Plus Extra. Para quem tem a versão do diretor, ainda há muito mais para ser jogado e contemplado. Exemplo é a DLC da Ilha de Iki onde nosso querido Jin Sakai enfrenta inimigos mais poderosos, novas missões e precisa desbravar um território totalmente inexplorado e inóspito.


Ghost Of Tsushima mostra novas direções para a Sucker Punch. Outra franquia que pode fazer o mesmo sucesso que Infamous teve. Embora não traga tantas novidades quando o assunto é mundo aberto, pelo menos traz a representação fiel de um Japão e sua história sempre apta a ser explorada. Além de Jin Sakai ser aquele personagem que com sua aventura épica acaba ficando no gosto do jogador, até o rolar dos créditos no final do jogo.

 

Ghost Of Tsuhima

Ghost Of Tsuhima


Lançamento: 17 de junho de 2020

Desenvolvedor: Sunck Punch Productions

Estúdio: Sony Interactive Entertainment

Gênero: Jogo eletrônico de furtividade, RPG

Plataformas: PlayStation 4 e PlayStation 5

 

NOTA DO JOGADOR: 9,0

 

Página oficial do jogo:

 

O trailer do jogo:


 




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