Bob Marley, 44 anos depois: o homem que virou mensagem
- Marcello Almeida
- 11 de mai.
- 2 min de leitura
Há 44 anos partia o corpo. A alma, até hoje, reverbera em cada batida de reggae que insiste em transformar o mundo

Não é nostalgia. É resistência. É fé. É música como ato político e espiritual.
Neste domingo, 11 de maio, completa-se mais um ciclo desde que Bob Marley deixou o plano físico. Quarenta e quatro anos. E, mesmo assim, é como se ele ainda estivesse aqui. Porque lendas de verdade não obedecem ao calendário. Elas atravessam. Elas continuam dizendo.
Em 1981, aos 36 anos, Marley perdeu a batalha para um câncer. Mas venceu a guerra contra o esquecimento. Sua música não apenas sobreviveu: ela floresceu em cada canto do planeta.
“Exodus”, “Catch a Fire”, “Rastaman Vibration” — não são só discos. São mapas espirituais. São mantras para quem ainda acredita num mundo com menos opressão e mais groove.
Bob não era só músico. Era mensageiro. Cantava com a urgência de quem sabia que o tempo era curto. Falava de liberdade, de consciência negra, de fé, de desigualdade — mas sempre com aquela batida quente que fazia tudo parecer possível.
Ele levou o reggae do gueto jamaicano para o coração do planeta. E, no caminho, virou símbolo. Uma voz maior que as gravadoras. Um rosto estampado em bandeiras, murais e sonhos.
Quarenta e quatro anos depois, ainda tem gente acendendo um baseado, botando “Redemption Song” pra tocar e acreditando que dá pra viver diferente. E é isso que Bob deixou: uma trilha sonora pra revolução interior e coletiva.
Ele não foi só um músico. Foi um profeta que usava o palco como púlpito e o som como salvação.
Bob Marley é eterno porque sua mensagem nunca expirou. E nunca vai.
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