10 discos lançados no 1º semestre de 2025 que você precisa ouvir e compartilhar

São 10 discos que merecem ser ouvidos com atenção e compartilhados com o coração

O primeiro semestre de 2025 foi marcado por lançamentos musicais que trouxeram lirismo, ousadia e uma diversidade sonora que merece atenção. Em tempos apressados, é urgente pausar e deixar que a música nos atravesse — como trilha, conforto ou reflexão. Como já disse Friedrich Nietzsche: "Sem a música, a vida seria um erro."

E é nesse espírito que listamos dez discos imperdíveis lançados este ano, acompanhados de mini resenhas que valorizam cada detalhe e convidam à escuta e ao compartilhamento. Porque, ao ouvir e compartilhar música, nós também dividimos afeto, histórias e identidade.

1. Francis Hime – Não Navego Pra Chegar

Celebrando 60 anos de carreira em 2025, Francis Hime nos presenteia com um álbum de inéditas que é puro lirismo. Entre Samba e MPB, o disco reafirma a genialidade de um dos grandes nomes da música brasileira, com parcerias de peso e composições que exalam sensibilidade e vigor criativo. Um tributo vivo à sua trajetória — e à música brasileira.

2. Bon Iver – Sable, Fable

O quinto disco do projeto de Justin Vernon chega com leveza e emoção. Combinando Soul, R&B e Soft Rock, o álbum se afasta da densidade eletrônica dos trabalhos anteriores para abraçar texturas mais suaves e intimistas. Um disco límpido e profundamente tocante, que mostra a maturidade sonora e emocional do Bon Iver.

3. Vanessa da Mata – Todas Elas

Vanessa da Mata retorna com um álbum que é poesia pura em forma de som. Com sonoridades que transitam entre o Pop e a MPB, parcerias especiais e letras que falam de amor, sociedade e resistência, Todas Elas reafirma a força e a doçura da artista mato-grossense em cada faixa. Um álbum belo, forte e necessário.

4. Lucy Dacus – Forever Is a Feeling

A artista estadunidense segue se firmando como uma das vozes mais potentes do indie contemporâneo. Com influências de Folk e Indie Rock, o novo álbum mergulha em temas íntimos e universais com delicadeza e brilho. Cada canção é um retrato emocional, carregado de honestidade e beleza.

5. Fito Páez – Novela

Com 25 faixas e mais de uma hora de duração, Novela é um mergulho intenso e emocional na mente criativa de Fito Páez. O disco transita por amores, festas, dramas e superações com uma sonoridade rica e arranjos sofisticados. Um capítulo à altura da brilhante discografia de um dos maiores nomes do rock argentino e do rock latino-americano.

6. Femi Kuti – Journey Through Life

Filho do lendário Fela Kuti, o nigeriano Femi Kuti reafirma sua própria identidade musical neste disco que mistura Afrobeat, Jazz e crítica social. Com faixas politizadas, dançantes e cheias de propósito, o álbum convida à reflexão e à empatia. Uma obra pulsante, necessária e impressionante.

7. Nyron Higor – Nyron Higor

Vindo de Alagoas, Nyron Higor lança um álbum atmosférico que mistura MPB, Jazz, Funk e até Trap com elegância e profundidade. Um disco que soa como algo saído dos anos 1970, mas com frescor contemporâneo. Destaque para as colaborações com Bruno Berle, Johanna, Nathalia Grilo e Alici, que enriquecem ainda mais a experiência sonora.

8. Manic Street Preachers – Critical Thinking

A veterana banda galesa retorna com um disco afiado, direto e explosivo. Critical Thinking mistura hard rock e britpop com letras críticas que dialogam com o presente. Um álbum que provoca, emociona e reafirma o poder do rock em tempos turbulentos. Reflexão e atitude em alto e bom som.

9. Zeca Baleiro - Piano

   

O cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro segue em ritmo criativo acelerado e prova, mais uma vez, que reinvenção é uma de suas marcas. Após lançar dois álbuns em 2024 — um ao lado de Chico César e outro com Wado — o artista agora apresenta um novo trabalho que mescla canções inéditas e releituras, embaladas por arranjos intensos e melancólicos.

O destaque instrumental fica por conta do pianista e tecladista Adriano Magoo, que imprime um tom dramático e sofisticado ao disco. Experimental, versátil e profundamente poético, o álbum evidencia a essência eclética e intimista de Baleiro, reafirmando sua genialidade como um dos nomes mais inventivos da MPB contemporânea.

10. Jambu – Manauero

Com raízes em Manaus e os olhos voltados para o mundo, a banda Jambu apresenta um disco maduro e vibrante. Manauero mistura indie, rock, shoegaze e influências amazônicas para criar uma sonoridade única. Um álbum solar, afetivo e corajoso, que consolida o grupo como destaque da nova cena alternativa brasileira.

Esses dez álbuns mostram que a música continua sendo um dos maiores combustíveis para a alma — seja pela sua capacidade de curar, provocar ou inspirar. São obras que merecem ser ouvidas com atenção e compartilhadas com o coração. Dê o play, espalhe a arte e permita que cada nota faça parte da sua história.