Sophstar é pura inspiração na old-school do gênero num jogo que emana desafio e entretenimento
- Eduardo Salvalaio
- há 18 horas
- 3 min de leitura
Sophstar é um jogo de ‘navinha’ que saciará os jogadores ávidos pelo gênero

Embora possua um nicho bem específico de adoradores, jogos de ‘navinha’ (ou shoot’em up como alguns costumam classificar) continuam a todo vapor numa época em que não apenas grandes empresas, como também desenvolvedores indies apostam nesse gênero.
Sophstar da brasileira Banana Bytes é mais uma prova de que a tradição nunca acaba. Podemos ter tecnologia avançada, podemos ficar encantados com gráficos hiper-realistas, mas o prazer e o desafio que um jogo desses passa, mesmo no seu minimalismo old-school 90’s, permanece no tempo.
Shoot’em up vertical, sem complexidades (fato típico do gênero), basta pegar sua ‘navinha’ preferida e sair pelas 8 fases do jogo. Caso você consiga passar todas sem continues no Modo Arcade e na dificuldade intermediária, mais um chefe opcional surge (a nona fase), ocasionando um desafio a mais. Porém, fique tranquilo, o jogo disponibiliza distintas dificuldades até mesmo para novatos no gênero.
Como é comum nesse gênero, aqui morrer é uma constante, porém faz com que o jogador cada vez mais pegue as manhas e os movimentos dos inimigos como subchefes e chefes. Entretanto, os criadores não ofereceram facilidade e a chuva de tiros (o famoso Bullet Hell) não dará tréguas.
A variedade aqui não falta. Temos à disposição 9 naves, cada qual com suas características que envolvem potência de tiro, força da arma secundária e velocidade. Tem até uma aeronave chamada Dumont em homenagem ao nosso pai da aviação, Santos Dumont.
Também contamos com um botão de teletransporte que pode nos ajudar nos momentos de aperto. Leo (aqui a homenagem fica para as Tartarugas Ninjas), ao se teletransportar, deixa um buraco negro que suga alguns inimigos e tiros enquanto está ativo.
Durante as fases, recolhemos bônus que oferecem mais pontos, enchimento da barra de especial ou mesmo vidas extras. Também podemos executar objetivos extras (que surgem como pontos de interrogação). Se conseguirmos três por fase, o chefe vem mais difícil e na outra fase, logo no começo, somos recompensados com uma vida adicional.
Problema que esses objetivos poderiam ser explicados pelos criadores. O que é preciso fazer? Claro que essa lacuna não estraga a diversão e a jogabilidade.
Apesar de o jogador perder um bom tempo no Modo Arcade, outros modos podem ser conferidos. A Escola de Cadetes, por exemplo, envolve vários testes como sobreviver o maior tempo possível ou matar o maior número de inimigos. Temos que usar a nave que o jogo exige, então, esse modo garante uma variedade e faz com que o jogador teste várias possibilidades.

Desafio Por Tempo é bem frenético e viciante. Na tela temos um tempo que vai se esgotando. Para isso, é preciso abater inimigos e coletar fragmentos que garantem mais tempo. Reflexos apurados e movimentação constante pela tela são os segredos. Também temos os tradicionais Ataque de Placar e Modo Infinito.
Caso ainda tenha dificuldade em passar por alguma fase no modo Arcade, você pode treinar essa fase isoladamente no Modo Prática, na dificuldade que desejar, na hora que quiser. Infelizmente, em uns dois ou três momentos que estava treinando, o aplicativo travou e precisei reiniciar o jogo. Por sorte não foi quando tentava terminar o jogo sem usar continues (seria trágico).
Entretanto o jogo não tem loadings demorados, não ocupa tanto espaço no HD, é fácil de navegar, não ocorreram problemas com o save. A versão testada foi a de PS4. Sophstar é um jogo de ‘navinha’ que saciará os jogadores ávidos pelo gênero. O que é melhor: feito por brasileiros que mostram cada vez mais seu potencial no mercado de games.












