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Foreclosed tem bela estética visual porém merecia um melhor polimento em diversos aspectos

Cinema, quadrinhos e jogos caminham juntos

Foreclosed
Créditos: Merge Games / Divulgação

Desenvolvido pela Antab Studios e publicado pela Merge Games, Florecosed é um jogo que mistura Ação, Suspense e Sci-fi num universo cyberpunk. A mecânica do jogo possuii três elementos que ditam a jogabilidade: tiroteios, furtividade (stealth) e a possibilidade de hackear muitos objetos como portas eletrônicas e torres com metralhadoras.

 


Jogamos com Evan Kapnos que foi demitido do seu emprego, ele tem sua identidade roubada e agora corre perigo precisando fugir e encontrar toda uma conspiração em torno dele. Pelo caminho, passaremos por vários lugares que incluem desde clubes até prédios abandonados atrás de respostas.

 

A estética similar aos quadrinhos combina com a proposta do jogo. Por exemplo, passar por um salão cheio de inimigos e, após pensar que estamos livres do perigo, uma cena num canto da tela, sugere que mais inimigos estão chegando no ambiente. Isso adiciona não apenas um tempo para o jogador se preparar para mais ação, bem como fazer com que ele esteja praticamente vivenciando a história.

 

A câmera é em terceira pessoa. Entretanto, ela pode mudar em algumas situações criando no jogador a noção de várias perspectivas sobre a narrativa. Quando passamos por um corredor, por exemplo, o 2D torna-se presente. Também teremos momentos onde precisamos nos esconder para que drones não nos rastreiem. Nessas partes, a visão fica isométrica e assume um contorno Top-Down Shooter.

 

Os diálogos são constantes, alguns com escolhas, porém elas não interferem tanto na narrativa. São passagens que tentam casar jogo com Cinema, contudo poderiam ser mais interativas e mudar um pouco a linha da narrativa para, quem sabe, ocasionar uma segunda jogada e aumentar o fator replay (que aqui é praticamente nulo). 

 

Infelizmente, o uso da furtividade não tem tanta força no jogo. Praticamente 80% dos combates acontecem por meio dos tiroteios. Para garantir uma maior dinâmica, além da arma que carregamos, podemos contar com poderes telecinéticos (um extintor de incêndio pode ser uma arma letal contra um inimigo). Também podemos suspender o inimigo e arremessá-lo com força ao chão.

 

Créditos: Merge Games / Divulgação
Créditos: Merge Games / Divulgação

Um painel com as habilidades e equipamentos que adquirimos contém upgrades de melhoras. Embora o jogo pegue as ideias do RPG, aqui tudo é simples e até o jogador que nunca passou pelo gênero não terá dificuldades com o método de aprimoramentos.

 

Foreclosed tem uns erros e bugs que acabam atrapalhando a experiência de jogo. Primeiro foi que, após o recarregamento de um checkpoint (onde refiz para corrigir um erro meu), a tela ficou escura e foi necessário sair do aplicativo. Por sorte, o checkpoint voltou a funcionar, mas imagina se não funcionasse? Iria ter que começar tudo de novo, porque esse era meu único save disponível.

 

Em outro momento, mesmo com a munição capaz de atravessar capacetes e escudos, foram necessários mais de 15 tiros para derrubar um simples inimigo do jogo (por sorte a munição é infinita). O sistema de cobertura (cover) também poderia ter recebido mais retoque, tal qual outros jogos da atualidade.


Hackear portas e até elevadores é uma boa opção que poderia render mais momentos de puzzles no jogo, em contrapartida são sempre iguais e trazem um aspecto monótono após certos capítulos.


 

Cinema, quadrinhos e jogos caminham juntos. Foreclosed teve uma boa oportunidade para mostra isso, pena que merecia um melhor polimento para que todas essas partes agradassem por completo. É um jogo curto, praticamente sem fator replay e melhor se comprado numa promoção acima de 75%. Rende algumas horas de entretenimento, mas e só.

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 Trailer do jogo:


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