Eduardo Salvalaio
- 9 de jan.
- 2 min de leitura

Shed Seven revive seus tempos de Britpop e também passa por outras sonoridades em A Matter Of Time

Com alguns momentos brilhantes e outros regulares, Shed Seven não parou em sua discografia.

Shed Seven é uma banda inglesa surgida durante o Britpop na década de 90. Apesar de não ter recebido tanta atenção a exemplo de outros ícones do movimento como Blur, Pulp e The Verve, o grupo liderado pelo vocalista Rick Witter foi importante e merece uma conferida, sobretudo pelo ótimo début “Chance Giver” (1995).

Com alguns momentos brilhantes e outros regulares, Shed Seven não parou em sua discografia. Mesmo assim, o grupo passou por um grande hiato como aconteceu entre os lançamentos dos álbuns “See Youse at the Barras: Live in Concert” (2008) e “Instant Pleasures” (2017).

Após 7 anos, os ingleses chegam com o novo trabalho, “A Matter Of Time”. Como de costume, há muito do Britpop 90’s, todavia, o grupo arrisca em outras sonoridades num disco de 50 minutos com 12 faixas e muitas participações especiais como Pete Doherty (‘Throwaways’), a cantoras inglesa Rowetta (‘In Ecstasy’) e Laura McClure (‘Tripping With You’).

Num álbum de boas canções e outras que poderiam ter recebido um melhor requinte, é preciso ressaltar, mesmo assim, a ousadia dos ingleses que tentam seguir por caminhos diversos: o flerte com o Folk/Country em ‘Talk Of The Town’, o panorama orquestrado e formoso de ‘Starlings’ e o viés acústico de ‘Tripping With You’.

Espere também canções típicas do grupo que certamente levantarão o público durante os shows, caso da enérgica ‘Kissing California’. Canção essa que prova que os vocais de Witter não perderam a força e continuam a todo vigor. O Rock urgente de guitarras no talo está presente em ‘Let’s Go’, ainda existe espaço para absorver a herança do Pós-Punk que toma conta de ‘Real Love’.