Ridley Scott diz que prefere rever seus próprios filmes: “A maioria dos filmes de hoje é uma porcaria”
- Marcello Almeida

- 6 de out.
- 2 min de leitura
Entre o ego e a lucidez, Ridley Scott prefere olhar para o próprio espelho do que encarar o cinema que o cerca

O cineasta britânico Ridley Scott não poupou críticas à produção cinematográfica atual. Em entrevista ao World of Reel, o diretor de Gladiador e Blade Runner afirmou que perdeu o interesse por boa parte dos lançamentos recentes — e que tem revisitado sua própria filmografia.
“A quantidade de filmes produzidos hoje em dia, literalmente milhões no mundo todo, e a maioria é uma porcaria”, disse Scott. “Então, o que eu faço, e é uma coisa horrível, mas comecei a assistir meus próprios filmes — e eles são realmente muito bons! E, além disso, não envelhecem.
O comentário reflete a visão do diretor sobre o cenário de Hollywood, marcado por excesso de produções e escassez de identidade artística. Aos 87 anos, Scott mantém uma trajetória que inclui clássicos como Alien: O Oitavo Passageiro (1979), Blade Runner (1982), Thelma & Louise (1991) e Gladiador (2000).
Seu último trabalho, Gladiador 2, teve recepção mista de crítica e público, mas garantiu destaque pelo elenco de peso: Paul Mescal, Denzel Washington, Pedro Pascal e o retorno de Connie Nielsen como Lucilla. O roteiro é assinado por Peter Craig (Top Gun: Maverick), com Scott novamente na direção. O filme já está disponível no Paramount+ e na Netflix.
Em conversa com o The Guardian, o diretor também revelou que um terceiro filme da franquia Gladiador está em desenvolvimento.
“Gladiador [3] está no processo neste exato momento. Já sobre um prelúdio de Alien, se eu tiver alguma ideia, claro [que faria]”, afirmou.
Scott, no entanto, não deu detalhes sobre a trama ou o andamento do projeto. Segundo fontes, ele estaria trabalhando em um primeiro esboço do roteiro para buscar financiamento.
Com meio século de carreira e uma lista de obras que moldaram a ficção científica e o épico moderno, Ridley Scott segue fiel à própria convicção — de que o cinema só envelhece quando perde a coragem de se reinventar.















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