Por que ainda ouvimos “One More Time”, um hit atemporal do Daft Punk

Algumas músicas conseguem atravessar gerações e ainda soar tão frescas quanto no dia em que foram lançadas

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Algumas músicas conseguem atravessar gerações e ainda soar tão frescas quanto no dia em que foram lançadas. “One More Time”, da icônica dupla francesa Daft Punk, é uma dessas obras-primas. Lançada em 2000 e eternizada no álbum “Discovery” (2001), a faixa se tornou um marco da música eletrônica e um dos maiores clássicos do início dos anos 2000, capaz de unir pistas de dança, rádios e corações em todo o mundo.

O disco foi um divisor de águas não apenas para a carreira dos franceses Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, mas também para a música eletrônica como um todo. Combinando house, disco, funk e elementos futuristas, o álbum redefiniu o gênero e deu ao Daft Punk o status de lenda. Dentro desse contexto, “One More Time” se destaca como a canção que encapsula a essência do duo: dançante, emocional e absolutamente atemporal.

A faixa é, essencialmente, uma celebração. Sua letra simples — quase um mantra —, combinada ao vocal processado de Romanthony e à batida contagiante, cria uma atmosfera de euforia e liberdade. Não é apenas uma música para dançar, mas uma experiência coletiva, um convite à alegria que transcende idiomas e fronteiras.

O Daft Punk não é apenas uma dupla de DJs: é uma das maiores duplas da história da música. Com sua estética enigmática, marcada pelos capacetes futuristas, e sua habilidade única de reinventar o som eletrônico, os franceses influenciaram gerações inteiras de artistas e provaram que a música de pista também pode ser arte com profundidade e poesia.

Um dos capítulos mais fascinantes da era Discovery foi o filme “Interstella 5555” de 2003, uma animação dirigida por Kazuhisa Takenouchi com supervisão do lendário Leiji Matsumoto. O longa funciona como uma ópera espacial sem diálogos, onde cada faixa do disco serve como trilha e narrativa. “One More Time” abre a jornada, acompanhada por outros sucessos como “Digital Love” e “Harder, Better, Faster, Stronger”. A experiência ampliou o alcance do Daft Punk, unindo música e cinema em uma obra única e memorável.

Mais de duas décadas depois, “One More Time” continua sendo uma das melhores músicas já feitas. Tocada em festas, festivais e playlists ao redor do planeta, ela não perdeu sua força, nem sua relevância. Sua atemporalidade está em sua simplicidade: um chamado para viver o momento, para celebrar a vida mais uma vez.

Se você ainda não ouviu essa faixa no volume máximo, está na hora de corrigir isso. Dê o play em “One More Time”, mergulhe em “Discovery” e, se possível, assista ao filme “Interstella 5555”.

Poucas experiências musicais são tão completas e emocionantes quanto essa.