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Por que ainda lemos e amamos Turma da Mônica?

Um clássico brasileiro que forma leitores e encanta gerações

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Algumas histórias nunca envelhecem. Elas atravessam o tempo, ganham novas formas e continuam tocando corações com a mesma ternura e força de quando surgiram. Turma da Mônica, criação do mestre Mauricio de Sousa, é uma dessas joias da cultura brasileira. Lida por gerações, traduzida para diversos idiomas, adaptada para cinema, TV e plataformas digitais, ela permanece viva — porque fala diretamente com o que temos de mais humano: a infância, o afeto, a amizade e a curiosidade pelo mundo.


 


Tudo começou nos anos 1950, quando Mauricio criou Bidu e Franjinha para o jornal Folha da Manhã. Mas foi nos anos 60 que ele apresentou ao mundo os personagens que mudariam para sempre o cenário dos quadrinhos no Brasil. Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e tantos outros se tornaram parte do imaginário nacional — personagens que falam a língua das crianças, mas também tocam os adultos com humor, inteligência e doçura.

 

Turma da Mônica é literatura, sim — e da melhor qualidade. É formadora de leitores, uma das primeiras portas de entrada para o mundo das palavras. Quantos de nós aprendemos a gostar de ler com esses gibis coloridos? Quantos riram com as confusões do Cebolinha, se identificaram com a coragem da Mônica, se divertiram com as aventuras do Cascão ou se deliciaram com as aventuras saborosas da Magali? Mais do que diversão, essas histórias ajudam a desenvolver vocabulário, compreensão de texto, empatia e até noções de ética e convivência.

 

Mas o impacto vai além da leitura. A Turma da Mônica é um fenômeno multimídia: já ganhou animações, longas-metragens, teatro, parques temáticos e até uma versão live-action com elogiados filmes e até mesmo uma versão adolescente chamada Turma da Mônica Jovem que tem versão mangá, versão animada e filme em live action. É uma franquia que evolui com o tempo sem perder sua essência — e que consegue dialogar com o público infantil e também com os adultos que cresceram com esses personagens.

 


O mais impressionante é o legado atemporal. Mesmo com o avanço da tecnologia e a chegada de novas formas de entretenimento, a Turma da Mônica continua atual, relevante e emocionante. Cada personagem carrega um valor simbólico: a força de Mônica, a astúcia de Cebolinha, a leveza de Magali, a criatividade de Cascão. São arquétipos que ajudam crianças a se verem representadas, e adultos a revisitarem suas próprias histórias.

 

Num país onde o incentivo à leitura ainda é um desafio, a obra é um verdadeiro patrimônio cultural e educacional. Seus quadrinhos povoam escolas, bibliotecas, bancas de jornal e, principalmente, memórias afetivas. É impossível não sorrir ao abrir uma nova revistinha e sentir aquele cheiro de papel impresso — um símbolo que nos acompanha desde a infância.

 

Se você ainda não voltou a ler ou mesmo se nunca leu Turma da Mônica, este é o momento. As suas histórias, juntamente com seus personagens, trazem encantamento, ensinamentos e acolhimentos. Leve para uma criança ou para um adulto, releia com carinho ou simplesmente permita-se sentir de novo a mágica de um bom quadrinho. Porque, em tempos de pressa e ruído, ler a Turma da Mônica é lembrar que a simplicidade também pode ser revolucionária.

 

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