Pearl Jam mergulha em “The Last of Us” com novo EP: trilha para os últimos dias da humanidade
- Marcello Almeida
- 12 de mai.
- 1 min de leitura
Entre memórias e ruínas, a banda cria um elo definitivo com o universo do jogo

Quando Eddie Vedder cantou “Future Days” no The Game Awards de 2020, ele não estava apenas prestando homenagem a um jogo. Estava, talvez sem saber, selando um pacto emocional com uma geração inteira que aprendeu a sobreviver — e a sentir — em meio aos destroços de um mundo partido.
Agora, anos depois, o Pearl Jam retorna a esse território devastado com um novo EP que mais parece um relicário. São quatro faixas que ressoam como cartas enviadas do fim do mundo: “Future Days” (versão original e uma ao vivo no Ohana Festival de 2024), “All or None” e uma reimaginação sutil e melancólica de “Present Tense”, renascida como “Present Tense (Redux)”.
A coletânea, lançada em edição limitada em vinil pelo Ten Club, não é apenas um mimo para fãs — é uma extensão sonora do universo de The Last of Us, uma ponte entre o silêncio das perdas e a esperança frágil que resta depois.
É difícil imaginar outra banda com tamanha afinidade natural com a estética do jogo: o peso existencial, a beleza nas frestas da destruição, a música como única linguagem possível entre almas sobreviventes. Pearl Jam entende isso. Joel também entenderia.

Enquanto a turnê mundial de Dark Matter ecoa pelas arenas do planeta, este EP surge como um lembrete silencioso: mesmo quando tudo parece perdido, ainda há canções capazes de nos lembrar quem fomos — e por quem seguimos em frente.
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