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Kleber Mendonça e Wagner Moura são ovacionados em Cannes com ‘O Agente Secreto’

Wagner Moura no papel principal. Recife como campo de tensão. E o cinema brasileiro mais vivo do que nunca

Wagner Moura
Imagem: Reprodução

O cinema brasileiro voltou a ser protagonista no cenário internacional — e voltou com força. Neste domingo (18), o Festival de Cannes foi palco da estreia mundial de O Agente Secreto, novo longa de Kleber Mendonça Filho, que arrancou 13 minutos de aplausos do público francês.



Foram cinco minutos ininterruptos durante os créditos e mais oito após a sessão, com o diretor subindo ao palco visivelmente emocionado.


“Quero agradecer a toda a equipe que fez este filme e tem uma pequena parte desta equipe aqui. Me sinto muito honrado em ter vocês aqui, foi uma grande experiência fazer O Agente Secreto. Queria agradecer a todos os atores e a toda equipe técnica. Muito obrigado!”, declarou Kleber.



O filme é protagonizado por Wagner Moura e se passa em Recife, em 1977, em plena ebulição política. A trama acompanha Marcelo, um professor especializado em tecnologia que retorna à cidade natal na tentativa de recomeçar, mas logo percebe que está sendo vigiado — e que o passado é um espectro que ainda ronda o presente.


Com Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido e Alice Carvalho no elenco, o longa é um dos concorrentes da mostra principal do festival e já desponta como um dos favoritos à Palma de Ouro.


A crítica internacional elogiou com entusiasmo a densidade narrativa, o rigor estético e o peso político do filme — marca registrada de Kleber, que já havia causado impacto em Cannes com Aquarius (2016) e Bacurau (2019).



A estreia no Brasil está prevista para o segundo semestre de 2025, mas os ecos do que foi visto hoje já colocam O Agente Secreto na rota das grandes premiações internacionais de 2026.


Vale lembrar: na última edição do Oscar, o Brasil saiu consagrado com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, e viu Fernanda Torres levar o Globo de Ouro de Melhor Atriz e ser indicada ao Oscar.


Agora, o momento é de Kleber, Wagner e Recife. E de todo um país que, mais uma vez, mostra que sabe filmar com alma, coragem e urgência.


O Brasil voltou. E, ao que tudo indica, para ficar.

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