O caos virou lenda: até o Google se despediu de Ozzy Osbourne
- Marcello Almeida
- 26 de jul.
- 2 min de leitura
Um trem atravessa a tela, a mensagem é clara: o mundo ainda escuta os gritos do Príncipe das Trevas

O Google prestou nesta semana uma homenagem histórica a Ozzy Osbourne, morto na última terça-feira (22), aos 76 anos. Ao digitar o nome do artista na busca, surge um trem cortando a tela — referência direta ao clássico “Crazy Train” — e uma frase marcante aparece no topo: “Obrigado pelo caos, Príncipe das Trevas.” A despedida digital é mais que simbólica: é o maior motor de busca do mundo reconhecendo a imortalidade de uma lenda.
Ozzy sofria com as complicações do Parkinson há alguns anos e estava com mobilidade reduzida. A notícia da morte foi confirmada por sua família, numa nota discreta, como se fosse possível encerrar em palavras uma trajetória que nunca coube em limites. Sua filha Kelly já havia publicado um alerta no dia 13 de julho sobre a piora do quadro.
Antes do adeus, o palco. No último 5 de julho, Ozzy subiu uma última vez com o Black Sabbath para um show de despedida em Birmingham — sua terra natal. Foi um encontro entre o fim e a eternidade: milhares de fãs, guitarras em chamas e o som daquilo que ele próprio chamava de “vida vivida até o talo”.
Ozzy Osbourne nasceu para o excesso. Surgiu nos anos 1970 como o rosto (e o grito) do Black Sabbath, banda que praticamente fundou o heavy metal moderno. De “Paranoid” a “War Pigs”, sua voz moldou uma geração inteira. Depois, reinventou-se em carreira solo com sucessos como “Crazy Train”, acumulando mais de 100 milhões de discos vendidos. Seu nome virou adjetivo, sua figura virou símbolo — e sua vida, uma montanha-russa entre o céu e o inferno do rock.

Ele deixa a esposa Sharon, seis filhos — entre eles Jack, Kelly e Aimee — e uma legião de netos. Mas mais que isso: deixa milhões de órfãos espalhados pelo mundo. Fãs que, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, sentiram que ele gritou algo que também estava dentro deles.
Na quarta-feira (23), o chão de Birmingham foi coberto de flores, velas, mensagens. O corpo se foi, mas o trem segue correndo — e não tem estação final.
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