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Inferno no Pântano entrega de forma rasa a sobrevivência do homem diante da natureza

Inferno no Pântano é uma diversão efêmera que certamente pode agradar apenas aqueles que esperam um novo filme dentro do gênero

Cena do filme Inferno no Pântano
Créditos: Prime Video / Divulgação

O homem tentando sobreviver em meio a natureza é um tema constante no Cinema. Geralmente são produções onde não é necessário apenas vencer a fome, os machucados e as condições adversas, é preciso também lidar com um letal e perigoso predador. Caso de Anaconda (1997) que rendeu remakes, incluindo até uma versão chinesa de 2024 e uma que estreia agora no final de 2025 tendo Selton Mello no elenco.

 


Mesmo com os exageros que costumam aparecer nestes filmes, a exemplo do tamanho descomunal da criatura ou de sua dificuldade em ser exterminada, esse gênero conquistou milhares de espectadores pelo mundo e trazem animais como cobras, crocodilos, tubarões, ursos e leões.

 

Inferno no Pântano (The Bayou, 2025) traz Kyle (Athena Strates), uma estudante de Biologia que, após um acidente de avião, se vê obrigada a enfrentar os perigos dos pântanos da Louisiana, junto a um grupo de sobreviventes. O lugar é infestado por crocodilos e para piorar a situação, os animais ficaram mais agressivos por conta de um vazamento de metanfetamina nas águas.

 

E novamente a natureza é prejudicada pelas próprias ações do ser humano. Um descontrole que agora faz do homem um refém. Com os velhos clichês presentes, aqui temos um grupo bem distinto entre si que, caso queira sobreviver, precisa primeiro enfrentar suas diferenças. E sabemos bem que neste grupo existem os velhos estereótipos já conhecidos.

 

Entretanto, o foco maior é Kyle. Uma estudante que se tornou apática e melancólica após a trágica morte do irmão. Lógico que essa é mais uma narrativa que mostra a evolução/transformação de um personagem através do próprio evento difícil que terá pela frente.

 

O evento traumático entre Kyle e seu irmão é mostrado por meio de flashbacks, entretanto, os diretores não fazem disso algo pra dramatizar demais a narrativa. O intuito aqui é realmente criar um filme tenso, com morte a cada 10 minutos, carregado de ação, sangue e muitas mordidas (mesmo que algumas cenas acabem até engraçadas demais).

 

Existe até um contraponto que tenta trazer certo diferencial ao filme. Kyle, com toda sua inteligência e aptidão para a Biologia, reúne suas estratégias e conhecimentos sobre o animal para que o grupo escape dos predadores e chegue a um lugar seguro.

 

Créditos: Prime Video / Divulgação
Créditos: Prime Video / Divulgação

Porém, a esperteza da estudante em meio a momentos de estupidez de outros personagens tira o clímax de cenas que poderiam ter um melhor acabamento. Da mesma forma, constantes atritos entre os sobreviventes propiciam uma trama cansada e que não engrena muito (como a amiga invejosa de Kyle que não a aceita como líder do grupo).

 

O filme teve baixo orçamento, o que fica bem evidente nos efeitos que apresenta e em sua típica atmosfera Trash/Terror B. A cena inesperada no final, quando pensávamos que os créditos finais iriam surgir na tela, não acrescenta tanto impacto, apesar de entregar um alerta de que a mutação nos animais está longe de acabar. Certamente podemos esperar uma continuação, sobretudo para esse gênero de filme.

 

Inferno no Pântano é uma diversão efêmera que certamente pode agradar apenas aqueles que esperam um novo filme dentro do gênero (ou aqueles que são curiosos por novidades). Não é tão eficaz em sua proposta, abusa de velhos clichês e traz um Suspense/Terror bem raso.

 

Como o espectador hoje em dia tem a facilidade de encontrar filmes antigos no conforto de sua casa, melhor procurar por outras produções similares mais aterrorizantes com o temido animal, a exemplo de Alligator (1980) de Lewis Teague (mesmo que tenha passado dezenas de vezes na TV) e Predadores Assassinos (2019) de Alexandre Aja.

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Trailer:


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