'Homem-Aranha: Sem Volta para Casa', é o Peter Parker que tanto queríamos ver novamente.
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'Homem-Aranha: Sem Volta para Casa', é o Peter Parker que tanto queríamos ver novamente.

Atualizado: 19 de set. de 2022


‘Homem-Aranha: Sem Volta para Casa’ é um filme satisfatório e nostálgico para todos os fãs de produções de super-heróis e principalmente fãs do amigo da vizinhança. O longa consegue introduzir uma mistura de comédia, drama, ação e aventura de maneira bem equilibrada e envolvente, e o melhor de tudo, temos um Tom Holland bem mais maduro e livre daquela sombra de ser um mero estagiário das Indústrias Starks. Ele desempenha realmente seu papel como um super-herói, abraçando todos aqueles que são importantes em sua vida (Michelle Jones, Zendaya, Tia May, Marisa Tomei e Ned, Jacob Batalon). Essa jogada de sentimentalismo nostálgico e ação foi uma grande sacada do diretor Jon Watts; o filme te envolve no decorrer de suas duas horas e meia, e o melhor, não se tornar cansativo. Diversão do início ao fim, assim como deve ser um filme de super-heróis.


A premissa de ‘Homem- Aranha: Sem Volta para Casa’ parte da seguinte narrativa, após ter sua identidade revelada Peter Parker (Tom Holland) precisa lidar com as consequências de ser o herói mais querido do mundo, porém, incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, ao ver seus entes queridos sofrendo consequências com toda essa repercussão, Peter decide pedir ajuda ao Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua identidade. Entretanto, o feitiço não sai como o esperado e a situação sai do controle quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outros universos acabam indo parar em seu mundo.


O momento terno desse filme é justamente esse encontro de universos distintos e vilões clássicos como Dr Octopus (interpretado pelo carismático Alfred Molina) que vai te levar por uma nostálgica viagem através de uma linha do tempo trazendo boas lembranças do filme de 2004, da trilogia dirigida por Sam Raimi. A caracterização do personagem é incrível, o trabalho de rejuvenescimento é outro ponto assertivo. O Mesmo pode se dizer do Duende Verde na pele do incrível Willem Dafoe, parece que ele nasceu para interpretar o Duende, a maneira como ele se entrega e vive o personagem é deslumbrante e traz ótimos flashs memoráveis do filme de 2002, por sinal, muitas características e falas emblemáticas do Duende no primeiro filme são replicadas magistralmente nesse novo universo que ainda traz o Electro (Jamie Foxx) e Sand Man (o Homem de Areia, vivido por Thomas Hand Church), ambos vilões criaram suas reputações quando o primeiro Homem-Aranha, Tobey Maguire, e seu sucessor, Andrew Garfield, usavam o icônico traje e agora estão de volta com força total.

É preciso dizer que esse é o Homem-Aranha que Holland tanto precisava e nós como fãs queríamos tanto ver. Peter assumir de vez seu papel como herói e consegue sair das sombras de ser um mero estagiário dos Vingadores. Isso agrada na narrativa e torna o filme mais envolvente. O Encontro emblemático das três versões do herói é o momento épico, emocionante e nostálgico do filme. O entrosamento entre eles, as cenas de humor mediante ao caos, se torna o brilhantismo do longa e agora temos a confirmação da emblemática frase: "com grandes poderes vem grandes responsabilidades". E os três sabem disso, e com isso temos uma das melhores cenas do filme.


Entre a química cômica e as falhas que podem soar trágicas, há algo cativantemente humano sobre esses super-heróis.

As sequências de ação no filme são boas, apesar de serem rápidas, elas são bem frenéticas e coerentes. Outro detalhe espetacular são os efeitos digitais refinadíssimos que promovem cenas de alto nível. Mas mesmo diante de tantos deslumbramentos visuais o que prevalece mesmo na narrativa (e se torna o verdadeiro superpoder do filme) são as performances cativantes e o roteiro de Chris McKenna e Erik Sommers que entrelaça momentos de angústia adolescente e calamidade cósmica com toda aquela lógica que pode parecer tola, mas que fazem os melhores quadrinhos de super-heróis serem tão atraentes.


A diferença de No Way Home para os outros dois filmes de Jon Watts é que neles faltavam o equilíbrio entre drama, tensões e ação. Neste novo filme ele consegue equilibrar isso tudo e focar sua trama, desenvolvimento e progressão em um filme evento, com passagens memoráveis e cenas inesquecíveis para os fãs do Homem-Aranha. O longa-metragem consegue te prender e deixar envolvido com as situações abordadas na trama, é daqueles filmes que se tornam impossível ficar indiferente com os personagens e tudo que acontece ao redor deles.


Talvez seja pela maneira como o filme conseguiu finalmente unir essas multiplicidades e colocá-las em foco de maneira engenhosa e inteligente. Era tudo o que um grande filme da Marvel precisava. Confesso que antes de ver o filme estava com um certo receio por não saber como o MCU iria lidar com os personagens antigos e clássicos e foi uma grande surpresa. Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa é uma obra-prima cinematográfica e devolve todo o respeito e dignidade de um super-herói adorado por toda vizinhança. No universo dos Heróis, Parker pode ser o mais humano de todos, com os problemas que todos nós temos que encarar diariamente em um mundo que está cada vez mais louco e banal. E apesar do título, o amigo da vizinhança encontra o seu lugar e estabelece um novo recomeço.

 

Ficha Técnica

Título Original: Spider-Man: No Way Home

Ano: 2021

País: EUA

Classificação: 12 anos

Duração: 148 min

Direção: Jon Watts

Roteiro: Erik Sommers, Chris McKenna

Elenco: Jacob Batalon, Jon Favreau, Jamie Foxx, Marisa Tomei, Willem Dafoe, Zendaya, Tom Holland, Alfred Molina

Avaliações: Rotten Tomatoes/IMDB


 

NOTA DO CRÍTICO: 8,5

 

Assista o trailer abaixo:



 

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