‘Guerreiras do K-Pop’ mistura girlgroup, fantasia e trilha viciante em uma das animações mais ousadas do ano
- Marcello Almeida
- 29 de jun.
- 2 min de leitura
Produzido pela Sony Pictures Animation, o longa já emplaca músicas no Top 50 do Spotify e acerta onde muitos erram: unir tendências com autenticidade

Nem toda produção que tenta surfar em múltiplas tendências consegue sair do raso — mas Guerreiras do K-Pop, nova animação da Netflix em parceria com a Sony Pictures Animation, mergulha de cabeça e acerta em cheio. A trama acompanha o trio fictício Hunterix, que além de ser um fenômeno do K-pop, também vive uma vida paralela como caçadoras de demônios — descendentes de uma linhagem ancestral de mulheres que usam a música como arma para proteger a humanidade de criaturas devoradoras de almas.
A premissa pode parecer familiar, mas o diferencial está na execução. A estética mescla traços de animes, webtoons, séries animadas em 3D e uma direção artística que entrega detalhes impecáveis — dos figurinos incríveis às expressões exageradas e cheias de personalidade. O resultado é uma animação com identidade visual marcante, conectada com o universo digital e visual das novas gerações.
Mas o grande triunfo vem no som. A trilha sonora foi produzida por nomes que já trabalharam com gigantes como Blackpink e BTS — entre eles, Teddy Park, Lindgren, Stephen Kirk, Jenna Andrews e Ian Eisendrath — e cada faixa parece pensada para viralizar.
As músicas já estão entre as 50 mais tocadas no Spotify, com versões tanto dubladas quanto originais. E isso explica a troca estratégica de vozes quando as protagonistas cantam: Arden Cho, May Hong e Ji Young Yoo fazem as vozes das personagens, mas quem canta mesmo são EJAE, Audrey Nuna e Rei Am.
O longa ainda inclui referências diretas a grupos como BTS, Blackpink, TWICE e EXO — nomes que, aliás, também marcam presença na trilha. Mas Guerreiras do K-Pop vai além do fanservice: entrega uma história cativante, visual moderno e som envolvente, criando uma ponte entre o fandom do K-pop, a estética da cultura digital e o universo da fantasia adolescente.
É o tipo de produção que poderia ser só tendência passageira — mas tem tudo para virar franquia de verdade.
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