top of page

Eterno Talvez evidencia o Trip Hop contemporâneo e com atitude de Marya Bravo

Muito da sonoridade de Marya Bravo é pautada no Trip Hop. Nota-se claramente que suas influências maiores são Portishead, Bjork e Morcheeba

Marya Bravo
Foto: Leo Aversa / Divulgação

Marya Villas Boas Bravo Rodrigues Trindade. Ou, se preferir, apenas Marya Bravo. Essa carioca de 53 anos é atriz, dubladora, cantora e compositora. Filha de Zé Rodrix e Lizzie Bravo. Então, a música pulsa forte em suas veias. A trajetória da artista começa por volta de 2009 com o lançamento do álbum Água Demais Por Ti.

 


Outros discos vieram a seguir como Comportamento Geral (2014) e De Pai Para Filha – Marya Bravo Canta Zé Rodrix (2011) onde, como o próprio título já diz, ela homenageia o pai num belo tributo com 12 faixas. A cantora também já foi backing vocal de Marisa Monte.

 

Tipo de criança prodígio, aprendeu a tocar teclado aos 3 anos e aos 4 anos participava do comercial do mingau Cremogema. Foi para Nova Iorque aos 12 anos e lá estudou na High School of Performing Arts, uma renomada escola de teatro musical. Foi então que reuniu duas paixões de uma vez: cantar e atuar.

 

Muito da sonoridade de Marya Bravo é pautada no Trip Hop. Nota-se claramente que suas influências maiores são Portishead, Bjork e Morcheeba. Em diversas entrevistas, ela relatou  que ouvia bastante discos desses artistas em casa. Porém, o ecletismo de sua família acabou também lhe abrindo oportunidades para Chico Buarque, The Beatles e Mutantes.

 

Para Eterno Talvez (2025), o novo disco, Marya contou com as colaborações de velhos amigos conhecidos como Nobru (guitarrista do Planet Hemp) e do compositor e produtor pernambucano Dony Von. Ambos tiveram uma boa participação no trabalho e incluíram muitos instrumentos como guitarra, baixo, programação, cellos e arranjos de cordas.

 

‘Braços Abrigo’ traz uma combinação bem atraente entre cello, piano e uma batida eletrônica contagiante. ‘À Deriva’ mostra como os arranjos são importantes na musicalidade de Marya, e aqui não foi diferente numa faixa que reúne violão, moog e theremin. Algumas faixas trazem uma atmosfera sombria, mesmo que isso não ofusque o trabalho, a exemplo das canções ‘Loucura Confirmando’ e ‘Tudo Por Acaso’.

 


‘Faca No Peito’ é uma música inédita de autoria do seu pai. A letra, apesar de sua poesia amarga, reflete bastante uma ideia sobre os conflituosos relacionamentos amorosos: ‘Você me ligou no dia seguinte / E nem se espantou quando eu levantei e atendi / Estava tudo igualzinho / Só que eu tinha a faca / Enfiada no fundo do peito / Quase acostumada / Com essa faca entre eu e você.’

 


Trazendo a atmosfera Trip-Hop 90’s sem contraindicações para os dias atuais, Marya Bravo é mais uma artista contemporânea que faz sua música dialogar com seus ouvintes em tantos temas tão comuns de nossa realidade.

ree

Veja o vídeo oficial de ‘Eterno Talvez’:


Comentários


bottom of page