Entrevista: Banda paulista Der Baum apresenta uma sonoridade 80's com muita autenticidade
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Entrevista: Banda paulista Der Baum apresenta uma sonoridade 80's com muita autenticidade

"A era post punk e gótica dos anos 80 nos inspiram constantemente tanto sonoramente quanto visualmente".

Foto Instagram da banda


Der Baum, traduzindo para o português, significa A Árvore. Mas para o intuito desse texto, estamos falando de uma banda formada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Com 9 anos em atividade, a formação atual do grupo consiste em Fernanda Gamarano (guitarra e vocais), Ian Veiga (teclados e vocais) e César Neves (bateria e vocais). Contando com alguns EP’s e o álbum “Guarujá Nights” (2018), chegam agora ao homônimo e mais recente disco.


Característica forte do Der Baum é cantar tanto em português como em inglês. Ou então, juntar os dois idiomas numa mesma canção, a exemplo de ‘Far Away’. Pode soar estranho, porém é uma forma de dizer que a música abrange todas as línguas, tem um sentimento universal intocável. As letras tratam de sentimentos comum a todos: frustrações, paixões, dúvidas e descobertas.


Um grupo com olhar para o futuro e para a tecnologia que não se esquece do passado e de suas influências. Que a árvore possa crescer mais e se espalhar em frutíferos ramos. (Trecho da nossa crítica do álbum homônimo). Leia completo aqui.


Entrevista realizada por Marcello Almeida e Alexandre Tiago.

 

Primeiramente, o Teoria Cultural agradece imensamente a oportunidade dessa entrevista. Para começar, gostaríamos de elencar que ouvindo os álbuns da Der Baum, notamos um repertório tanto em português como em inglês, vocês almejam um alcance internacional? Ou é uma preferência da banda de manter essa escolha hibrida?


R: A gente iniciou nossa trajetória já compondo em português e inglês. Primeiramente por causa das nossas referências, mas também buscamos um reconhecimento global. Já que nossas músicas estão disponíveis para todos.



Como foi a origem da banda? Como chegaram ao nome Der Baum?


R: Em 2015, já com o conceito do projeto montado, juntamos uma galera do rolê de músicos locais e montamos a Der Baum. E o nome é pq queríamos um nome diferente e que não fosse em inglês e nem em português e por isso escolhemos a língua alemã, e colocamos o nome de Der Baum (A árvore) em alemão:)


A sonoridade da Der Baum remete muito aos anos 80, um som contagiante, nostálgico e, ao mesmo tempo, viciante, rsrs ... como essa década interfere no som de vocês? Quais influências dos 80s vocês puxam para a Der Baum?


R: A era post punk e gótica dos anos 80 nos inspiram constantemente tanto sonoramente quanto visualmente. Mas sempre misturando nossas próprias ideias e referências contemporâneas criando nossa identidade. As influências vêm muito das bandas como New Order, Depeche Mode, B-52s, Devo, The Cure, Siouxsie e também algumas bandas do indie como White Lies, Arcade Fire, Interpol entre outras! Também temos um pouco do Pop como Madonna e Lady Gaga.

Imagem Instagram


Como vocês lidam com o carinho dos fãs?


R: Tentamos ter uma relação de normalidade com nossos seguidores. Aproveitamos nosso momento atual como banda para manter um contato de perto com quem nos apoia. Ainda bem, até o momento só temos tido experiências incrivelmente boas com nossos fãs.

A era post punk e gótica dos anos 80 nos inspiram constantemente tanto sonoramente quanto visualmente. Mas sempre misturando nossas próprias ideias e referências contemporâneas criando nossa identidade.

Tem algum artista na música que vocês gostariam de colaborar e fazer uma participação especial?


R: Temos planos, sim, temos muita vontade de trabalhar com artistas que estão na ativa e que querem produzir conteúdos relevantes, atualmente temos planos em andamento com a lillith pop, os Jovens Atheus, e queremos quem sabe fazer parcerias com o Black Pantera, o Lucas da Fresno, Love Foxxx.


O que os fãs da Der Baum podem esperar para o futuro?


R: Nossa ideia é fazer mais shows em outras regiões e continuar produzindo material audiovisual com qualidade e relevância.


Em relação à São Paulo, os espaços destinados a shows têm sido satisfatórios? Ou vocês estão realizando mais shows fora do Estado?


R: Desde nossa volta aos palcos pós-pandemia tivemos boas experiências com as casas de show, um perrengue aqui e ali faz parte. A gente continua ativo em SP em casa legais como Laje sp, associação Cecília, picles, ffffront, mas estamos focando em shows fora do estado e festivais.


Gostaríamos que vocês comentassem um pouco sobre o trabalho no estúdio, como funciona o aspecto de produção, composição e toda essa questão envolvendo as melodias das canções.


R: Bom, o mais importante antes mesmo da produção e gravação é a pré-produção onde tudo será organizado para a execução do projeto, nesse período focamos muito na parte criativa e também lidamos com toda parte burocrática quando se envolve dinheiro, já que temos que contratar engenheiros de som, estúdio, transporte etc, com tudo isso resolvido fica muito prazeroso entrar em estúdio e se dedicar por completo a gravação.

Referente ao processo criativo, aprendemos que trabalhar em conjunto funciona melhor, então fazemos questão de estar olhando no olho, abrindo o coração e sendo verdadeiros, deixando os sentimentos fluírem, pra gente funciona dessa forma.


O que vocês preferem, mídia física ou streaming? O que pensam sobre esse avanço tecnológico dos streamings e toda aquela questão de as plataformas não valorizarem o artista? No cenário alternativo independente, os streamings podem ser uma alternativa favorável para divulgação do som, né?


R: Nós, como artistas, preferimos a mídia física, muito por conta da experiência de interagir com o produto. O avanço do streaming não necessariamente é algo ruim por poder alcançar mais pessoas, porém como artistas independentes somos os últimos lembrados da cadeia das plataformas, então enquanto não houver um equilíbrio nosso lado sempre será o menos privilegiado.



Para a gente finalizar aqui, no talo, 1 livro, 1 série, 1 um filme, 1 disco ?


R: Resolvemos responder por integrante :)!


Ian:

Livro: 1984, Série Lost:, Filme: 2001, Uma odisseia no espaço, Disco: Janet Jackson - Rythm Nation


Fernanda:

Livro: Anjos e Demônios, Série: Ruptura, Filme: Matrix, Disco: Depeche Mode - Violator


César:

Livro: O Diário de um Mago

Filme: A Saga Harry Potter

Série: How i met your mother

Disco: Big TV, White Lies


Encontre a banda nas redes sociais: Instagram


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