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Wolf Alice ressurge com “The Clearing”, um retorno ousado, intenso e necessário para o rock alternativo

“The Clearing” é uma experiência indispensável — prova viva de que o rock não morreu, apenas se transforma

Wolf Alice
Wolf Alice - Rachel Fleminger Hudson

Formada atualmente por Ellie Rowsell (vocais), Joff Oddie (guitarra), Theo Ellis (baixo) e Joel Amey (bateria), a banda britânica Wolf Alice é um dos maiores nomes do rock alternativo surgidos nos anos 2010. Combinando sensibilidade poética, força vocal e arranjos instrumentais virtuosos, o grupo construiu uma trajetória sólida, marcada por discos como Blue Weekend (2021), que conquistou público e crítica.



Quatro anos depois, o quarteto retorna aos holofotes com “The Clearing” (2025), seu quarto álbum de estúdio. Ao longo de 11 faixas e cerca de 41 minutos, a banda entrega uma obra repleta de rebeldia, lirismo e intensidade, reafirmando sua relevância na cena musical contemporânea e provando que o rock segue mais vivo do que nunca.


Na capa do disco se destaca a imagem de Ellie Rowsell e ela traduz o magnetismo da vocalista: carismática, potente e dona de uma presença de palco inconfundível. A mesma força é sentida em cada faixa, que transita entre explosões sonoras e momentos de contemplação, sempre com autenticidade.


De todas as músicas desse novo trabalho, “Bloom Baby Bloom”, talvez seja o grande hino do álbum por misturar rock e shoegaze em uma composição que fala sobre resiliência, autoconfiança e crescimento em meio a uma sociedade opressora. Ellie impressiona com seus vocais inspirados no falsete de Axl Rose, em um registro que confronta críticos e reafirma o vigor do rock. É, também, uma das melhores músicas de 2025 com sua combinação explosiva de letra e sonoridade que são igualmente impactantes.


“The Sofa” é uma balada delicada que convida à desaceleração diante da pressa do mundo moderno. A faixa fala sobre aceitação, envelhecimento e a paz encontrada na rotina, evocando a sonoridade do rock dos anos 1970 de forma madura e envolvente que faz sentirmos e refletirmos o mundo com seus pensamentos e emoções. “White Horses” também mergulha nas referências setentistas, mas com leveza e frescor, equilibrando nostalgia e modernidade.



“Just Two Girls”, “Learning Against The Wall” e “Passenger Seat” comprovam o amadurecimento musical do grupo entre "Blue Weekend" e "The Clearing", reforçando a versatilidade e o talento da banda em explorar novos caminhos sem perder suas referências.


“The Clearing” não é apenas um novo capítulo na discografia do Wolf Alice. É uma declaração de resistência artística, de renovação criativa e de coragem em se reinventar sem perder identidade. É um disco sentimental, rebelde, libertador e fascinante, que traduz o espírito inquieto da banda e confirma que eles seguem entre os nomes mais importantes do rock alternativo mundial.


Se você busca um álbum que une intensidade, poesia e autenticidade, “The Clearing” é uma experiência indispensável — prova viva de que o rock não morreu, apenas se transforma.

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Ouça “Bloom Baby Bloom”


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