We Love Katamari Reroll + Royal Reverie: quando girar uma bola é prazeroso e nunca envelhece
- Eduardo Salvalaio
- 26 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de jun.
We Love Katamari Reroll + Royal Reverie é um jogo que merece ser revivido pelos nostálgicos e precisa ser conferido pela nova geração

Quando surgiu em 2004 para Playstation 2, Katamari Damacy veio com uma proposta um tanto quanto simples, porém criativa e atípica para os padrões de jogos da época. Por meio de um príncipe minúsculo, precisávamos empurrar uma bola que crescia gradativamente conforme ela se agarrava aos inúmeros objetos dispostos pelos cenários.
Embora Keita Takahashi, o criador do jogo, fosse contra uma sequência, We Love Katamari foi lançado em 2005. O jogo recebeu um orçamento e uma equipe maior, trouxe mais cenários, entretanto manteve o espírito e as características do anterior. Obteve o mesmo sucesso e vendeu bastante.
We Love Katamari Reroll + Royal Reverie é uma versão remasterizada do jogo de 2005. Ela está disponível para diversas plataformas como Nintendo Switch, PS4 (versão testada), PS5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC a partir da metade de 2023. Como uma produção remasterizada, claro, o jogo ganha gráficos aprimorados e uma jogabilidade mais dinâmica pensada nos tempos atuais.

O jogo se encaixa como uma boa pedida, sobretudo para quem é veterano e passou por ele nos tempos de PS2. Quase 20 anos depois, rolar a bola ainda convence. As características da série continuam presentes como os cenários inusitados (de fundo do mar até o cosmos), o humor inteligente, a simplicidade dos comandos com uso de poucos botões.
Embora possa parecer um jogo que não demande estratégia, aqui importa muito que o jogador faça uma trajetória apropriada, tenha uma noção de física incluindo volume e altura, consiga aumentar o tamanho da bola e cada vez mais atravesse por lugares altos e absorva elementos maiores, pois algumas partes dos cenários só podem ser acessadas após certa altura.
O jogo traz desafios equilibrados, alguns são tranquilos e nem possuem tempo para fechar, enquanto outros exigem cumprir certos objetivos num tempo bem apertado, exemplo é o nível do acampamento onde precisamos alcançar um determinado tamanho em 6 minutos e, inclusive, não deixar que o fogo se apague para que a bola consiga acender uma fogueira.
Interessante ver a riqueza de detalhes por onde passamos, mesmo com o toque cartunesco e nonsense de ser do jogo. O jogo conta com quase 3000 objetos. E isso compreende desde pequenos itens como latas chegando até grandes animais como dinossauros. E pode ter certeza, tudo passa pela nossa bola rolante, ao ponto até de absorvemos uma cidade inteira (como no nível que chegamos a 3000 metros de altura).
Claro que não poderiam faltar algumas situações bem cômicas e inusitadas, muitas das quais trazendo referências à cultura popular e a monumentos mundiais: filmes de Godzilla e super-heróis, a casa feita de doces de João e Maria, colinas de Hollywood, Monte Rushmore, Torre Eiffel e muitos outros que percebemos conforme avançamos nos cenários.

A trilha sonora continua atual, acessível e variada. Não é à toa que ganhou diversas premiações na época do lançamento, em 2005. O time de compositores da Namco capricha tanto em versões orquestradas como em canções divertidas inspiradas em desenhos animados da cultura oriental.
O jogo rodou sem travamentos, não aconteceram crashes e os loadings são rápidos. Fácil de salvar e de ajustar as opções (caso você queira mudar algo do controle). Caso não consiga cumprir os objetivos de algum cenário, repeti-lo não demanda tempo e somos prontamente recolocados no início.
Terminou o jogo e precisa jogar novamente algum cenário? Fique à vontade, tudo ainda fica disponível. Também existe a opção de 2 jogadores para bater aquela disputa com algum amigo ou com alguém da família.
We Love Katamari Reroll + Royal Reverie é um jogo que merece ser revivido pelos nostálgicos e precisa ser conferido pela nova geração. Claro que rolar a bola por um tempo pode talvez ser monótono, mas convenhamos que ele seja indicado para fazer uma pausa, inclusive após algum jogo mais agitado de Ação. De qualquer forma, o entretenimento e a descontração estão garantidos, a satisfação de ter cumprido algum objetivo fica estampada no rosto. Isso, por si só, já é a principal finalidade de um jogo.

Trailer do jogo:
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