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Foto do escritorEduardo Salvalaio

Um Estranho No Bosque é um filme regular que não aproveita suas ideias concebidas num início promissor

Um Estranho No Bosque é um filme que não aproveita todo seu potencial, sobretudo em cima do elenco e na reviravolta final, cheia de previsibilidades

Créditos: HBO Max


Trabalhar com traumas no Cinema é um fato recorrente. Nem sempre, claro, o resultado final pode ser convincente, em muitas ocasiões a ideia torna-se perdida. Muito comum também, inclusive no gênero Terror, o personagem traumatizado precisar se afastar do lugar conturbado em que vive para tentar se recuperar em um cenário bucólico e isolado.

 

Geralmente os cenários preferidos para essa busca por cura são as cabanas nas florestas. Entretanto, sabemos que dentro do gênero, isso trará mais problemas do que soluções. Nem sempre o protagonista encontra seu lugar de paz e descanso.

 

É o que acontece com Um Estranho No Bosque (Stranger In The Woods, 2024). O filme do diretor Adam Newachek aposta igualmente na questão do trauma. Olivia (interpretada por Holly Kenney, que também é a roteirista) perdeu seu namorado num acidente e enfrentou um evento que quase lhe tirou a vida. Para superar o trauma, é convidada por seus amigos a passar um tempo numa cabana isolada.

 

O lugar pertence a Clayton (Teddy Spencer), meio-irmão de Sam (Brendin Brown), um dos amigos de Olivia. Logo de início, a própria personalidade de Clayton impõe certo temor. Suas manias, portando arma, recluso, um tanto quanto hostil com a chegada do grupo e não satisfeito com a presença da cadela de Olivia.

 


Em seguida, dentro da residência, o grupo estará adiante de vários animais empalhados. Para piorar a situação, Olivia acorda e se depara com o sumiço de sua cadela. Na floresta ao redor da casa, várias armadilhas perigosas criadas por Clayton para capturar animais estão espalhadas.

 

Enquanto o filme apresenta uma atmosfera sombria e cria elementos cruciais que acrescentam risco para o grupo na casa, infelizmente peca ao trazer personagens secundários fracos. Alguns acabam deixando a trama mais com cara de comédia do que séria e capaz de assustar, a exemplo do casal Liam (Devon Stewart) e Theresa (Paris Nicole). 


Créditos: HBO Max

Um elenco composto por adultos que acabam passando uma típica personalidade teen. A verdade seja dita, Olivia ainda parece ser menos traumatizada que seus amigos. Em busca do animal que sumiu, mostra-se determinada e disposta a investigar que algo está errado ali naquela casa. E o desaparecimento da cadela, acredite, consegue segurar boa parte do filme.

 

Outros recursos como o vulto que desaparece na floresta e a casa com o cômodo trancado que só o dono tem acesso acabam não colaborando com a tensão do filme que após sua metade se arrasta. Perde ainda mais impacto quando descobrimos a verdadeira intenção da trama que traz algo mais centrado no thriller psicológico (esqueça se você espera um Terror com muito sangue e mortes).

 

A presença de belos cenários (como a passagem do lago), um início promissor e algumas cenas noturnas que escondem algo mortal não salvam o filme de sua regularidade. Um Estranho No Bosque é um filme que não aproveita todo seu potencial, sobretudo em cima do elenco e na reviravolta final, cheia de previsibilidades.

 

Um Estranho no Bosque

Strange in the Woods


Ano: 2024

Gênero: Terror, Thriller

Direção: Adam Newachek 

Roteiro: Holly Kenney

Elenco: Holly Kenney, Teddy Spencer, Brendin Brown, Devon Stewart, Paris Nicole

País: Estados Unidos

Duração:82 min

 

 

NOTA DO CRÍTICO: 5,0

 

Trailer:


 


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