Richard Ashcroft diz que reunião do Oasis inspira jovens músicos e pode transformar a próxima geração do rock
- Marcello Almeida

- 9 de out.
- 2 min de leitura
Quando o passado volta a brilhar, ele não apenas reacende memórias, ele acende novas gerações

Para Richard Ashcroft, o retorno do Oasis não é apenas um reencontro de irmãos — é um renascimento coletivo. Em entrevista ao TalkSPORT, o ex-líder do The Verve afirmou que a turnê de reunião da banda tem sido um “verdadeiro catalisador” para jovens fãs e músicos, reacendendo algo que parecia adormecido no rock britânico.
“Parece que este verão é um catalisador para um novo impulso, não apenas para mim e para o Oasis, mas para os jovens na multidão”, disse Ashcroft.
O músico contou que tem sido abordado por diversos fãs após os shows, muitos deles inspirados a compor suas próprias músicas ou ingressar em cursos de música.
“Acho que isso é algo muito emocionante. Provavelmente veremos isso se materializar na cultura daqui a três anos, quando esses jovens de 16, 17 anos tiverem formado suas bandas.”
As palavras ecoam a atmosfera que tomou conta da turnê — um misto de nostalgia e renascimento. O Oasis, que marcou os anos 90 como símbolo máximo do Britpop, parece agora provocar o mesmo impacto em uma nova geração que nunca viveu aquele tempo, mas reconhece nele uma autenticidade perdida.
Ashcroft também refletiu sobre o papel dos Gallagher na revitalização da cultura musical e criticou o modelo de sucesso instantâneo de programas como o X Factor.
“Você praticamente sabe que não vai escrever essas músicas. A beleza do que o Oasis fez, o que Noel fez, foi mostrar a força de um compositor de verdade. Ver isso de volta à cultura mainstream é inspirador.”
Enquanto o Oasis revive sua história, Ashcroft segue traçando a sua própria. Na última sexta-feira (3), ele lançou Lovin’ You, seu sétimo álbum solo, e se prepara para uma nova série de apresentações — incluindo os shows de abertura do Oasis no Brasil, marcados para os dias 22 e 23 de novembro, no MorumBIS, em São Paulo.
Trinta anos depois de Urban Hymns e de “Bitter Sweet Symphony”, Ashcroft continua soando como o mesmo idealista de sempre — agora, com a serenidade de quem entende que a revolução sonora também pode começar no coração de um garoto que acabou de descobrir uma guitarra.















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