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Revista americana destaca 'Clube da Esquina', de Milton Nascimento e Lô Borges, como um dos melhores álbuns de todos os tempos

A lista foi elaborada pela Paste Magazine

Clube da Esquina de Milton Nascimento e Lô Borges é eleito um dos melhores álbuns de todos os tempos — Imagem: Divulgação.

O atemporal e emblemático disco de 1972, "Clube da Esquina", de Milton Nascimento e Lô Borges, foi eleito o nono melhor trabalho musical de todos os tempos em um prestigiado ranking elaborado pela revista norte-americana "Paste Magazine". Este ranking, que lista os 300 discos mais notáveis da história, contou com a participação de editores, redatores e colaboradores da revista.

O trabalho dos músicos mineiros é um dos marcos da música brasileira, reconhecido por sua inovação e impacto cultural. "Clube da Esquina" não é o único representante do Brasil na lista: "Acabou Chorare", de 1972, dos Novos Baianos, também figura na seleção, ocupando a 51ª posição.

O topo do ranking é dominado por "Songs in the Key of Life" (1976), de Stevie Wonder, seguido por "Disintegration" (1989), do The Cure, e "Hounds Of Love" (1985), de Kate Bush.

Em nota, a "Paste Magazine" reconheceu a subjetividade inerente à criação de tais listas: “Fazer uma lista como essa é um erro tolo na maioria das vezes, pois escolher qualquer número de discos e rotulá-los como ‘os melhores’ é subjetivo e provavelmente errado – mas, se a internet nos ensinou alguma coisa, é que todos nós gostamos de tocar, discordar e manter o discurso. É a força vital da crítica e das formas de arte com cânones diversos e extensos, e a história da música popular atravessa décadas… O critério para o que constitui um ‘grande álbum’, para nós, fica em algum lugar entre a influência e a atemporalidade. É assim que você tem uma lista com o Talking Heads, Death, Mariah Carey e Lana Del Rey”.

Curiosidades sobre o disco:

Apesar de oficialmente atribuído a Milton Nascimento e Lô Borges, na época com 30 e 20 anos, respectivamente, o álbum "Clube da Esquina" é um esforço colaborativo. Representa a união de amigos e uma banda composta por talentosos músicos como o baixista Luiz Alves, o guitarrista Nelson Angelo, Tavito (1948 – 2019) e o baterista Robertinho Silva, cuja percussão evoca os ritmos tradicionais de Minas, conferindo uma nova energia ao som de Milton Nascimento.

A concepção artística do álbum foi liderada pelo poeta e compositor Ronaldo Bastos, natural do Rio de Janeiro. Ele contribuiu com a letra de seis das 21 músicas do álbum, incluindo composições aclamadas como "Cais", "Cravo e Canela", "Nada Será Como Antes" (que foi lançada originalmente em 1971 no álbum de Joyce Moreno), "Nuvem Cigana", "O Trem Azul" e "Um Gosto de Sol".