Quatro bandas legais para animar o bloco do fica em casa
top of page

Quatro bandas legais para animar o bloco do fica em casa




 

Bambara: 'Love On My Mind'

Os gêmeos Reid e Blaze Bateh fundaram o Bambara com o amigo de infância William Brookshire em meados de 2007, o som da banda trafega por uma atmosfera bucólica que lança um blues-punk atraente e convidativo com muitos momentos e passagens arrepiantes. Agora, eles apontam em 2022 com Love on My Mind, um EP que pode ser sua coleção de músicas mais completa até hoje. Singles como “Mythic Love e “Birds (uma das minhas favoritas da banda) aquela canção introspectiva, com guitarras profundas e nostálgicas. Enquanto faixas como “Point and Shoot” e “Slither in the Rain” soam como partituras sensuais e espirituais, o EP captura o frio gelado da cidade, embora passe a sensação de estar assombrando seus becos e lacunas escuras. “Lave esta cidade imunda da sua pele comigo / Vamos cortar nossos cabelos e queimar nossas coisas e partir na primavera”, um par de vozes angelicais ecoam por todo o final de “Little Wars”, antes de sermos tragados pelo som pulsante novamente.


 

Caroline: 'Caroline'

A estreia da banda Caroline da cidade de Londres soa como um ensaio musical vindo de uma terra apocalíptica ou simplesmente seja aquelas canções que emanam as sutilezas que envolvem as belezas do passado oferecendo um certo afago e conforto para alma. Enquanto ainda temos ar sobrando em nossos pulmões, e uns aos outros. A banda é liderada pelo trio fundador Casper Hughes, Jasper Llewellyn e Mike O'Malley, Caroline combina vocais climáticos, orquestra, sinfonia rústica do folk e pós-rock arrojado, criando músicas extensas que parecem distanciadas, ancoradas por camadas cósmicas. Faixas como “IWR” e “Good morning (red)” acendem luzes e apagam luzes, os violinos de Oliver Hamilton e Magdalena McLean acrescentam uma particularidade e geram ótimas emoções. O silêncio está sempre presente na música de Caroline, como se eles estivessem constantemente cientes não apenas do que temos, mas também do que podemos perder. Um belo álbum para contemplar um nascer e por do sol.


 

Gang Of Youths 'Angel In Realtime'

É seguro dizer que a sonoridade da banda australiana Gang Of Youths empolga e transborda sentimentos de felicidade ao ouvir canções vibrantes e melódicas. Isso acontece com terceiro disco do grupo 'Angel In Realtime' o primeiro em cinco anos, após o aclamado 'Go Farther in Lightness' de 2017, com 13 músicas a atmosfera do disco trafega por uma onda musical apropriadamente celestial que se eleva ao ápice criativo dos australianos. Mesmo os momentos líricos mais sombrios estão envolvidos naqueles instantes de catarse que parecem de outro mundo. Uma ótima surpresa para esse início de 2022. Vale toda sua atenção.


 

King Hannah 'Im Not Sorry, I Was Just Being Me'

A estreia da dupla de Liverpool King Hannah, 'I'm Not Sorry, I Was Just Being Me' não transita na mesma postura por muito tempo, às vezes embarca em melodias irradiantes e outras introspectivas e até mesmo charmosas. São canções que atingem a grandeza estelar com a dupla carregada pelos seus corações leves que sobressaem as nuances e nuvens mal-humoradas que as canções evocam. Hannah Merrick exibe uma sagacidade cortante em “Big Big Baby”, cantando em tons ácidos: “Ouvi dizer que você engravidou uma dama / Bem, só posso desejar o bem a ela / Porque em breve você terá um bebê maior / na família do que você mesmo.” Experimentalismo e Pós-Punk colidem na extensa faixa celestial “The Moods That I Get in”, enquanto a eletrônica delicada e meditativa faz sua presença ser sentida no interlúdio “Death of the House Phone” e na penúltima faixa “Berenson”. Merrick e Craig Whittle trocam versos vagarosos na faixa-título, expressando sua insistência em permanecerem fiéis a si mesmos em um folk-pop festivamente silencioso.


 


41 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page