Olivia Rodrigo transforma o Pyramid Stage em apoteose pop-rock e encerra Glastonbury com emoção, guitarras e Robert Smith
- Marcello Almeida

- 30 de jun.
- 2 min de leitura
Show histórico coroou a cantora como nova headliner da geração — com homenagem ao The Cure e discurso comovente no fim

Olivia Rodrigo encerrou o Glastonbury 2025 em grande estilo neste domingo (29), assumindo o palco mais icônico do festival, o Pyramid Stage, e entregando um show que já entra para a história recente da música pop. Três anos após sua estreia no Other Stage, a estrela californiana voltou à Worthy Farm como headliner — e com o público inteiro aos seus pés.
A apresentação começou com sangue nos olhos e distorção no talo: versões mais pesadas de “Obsessed” e “Ballad of a Homeschooled Girl”, impulsionadas por solos de guitarra que deixaram claro desde o início que Olivia Rodrigo não está mais apenas no pop — ela é rockstar.
Após uma versão intensa de “Vampire”, Olivia fez uma pausa para compartilhar sua gratidão com o público:
“Uau, não consigo descrever a honra que é estar aqui neste palco esta noite. É um sonho se tornando realidade. Eu realmente não consigo acreditar que esta é a minha vida agora.”
Na sequência, ela conduziu a multidão por momentos mais introspectivos com “Drivers License” e “Traitor”, antes de voltar ao deboche adolescente com “Bad Idea Right?” e “Love Is Embarrassing”.
Mas o momento mais especial da noite viria logo depois: Olivia chamou ao palco o lendário Robert Smith, do The Cure, a quem descreveu como “provavelmente o maior compositor da Inglaterra”. Juntos, eles emocionaram a multidão com “Friday I’m In Love” e “Just Like Heaven” — esta última também regravada por Gracie Abrams no mesmo festival, criando uma espécie de passagem simbólica entre gerações.
O encerramento foi uma sequência de faixas que fizeram o Pyramid Stage literalmente tremer: “So American”, “Brutal”, “Good 4 U” e o grito de guerra final com “Get Him Back!” — deixando claro que Olivia não só cresceu, como domina qualquer palco que pisa.

Com guitarras afiadas, coração exposto e ícones ao lado, Olivia Rodrigo provou que é muito mais do que um fenômeno passageiro — ela é voz, atitude e emoção de uma geração inteira. Glastonbury foi dela.















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