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O preconceito gritou mais alto que a música: vocalista do Linkin Park enfrentou críticas por “não ser um cara”

O machismo ainda insiste em berrar, mesmo quando a arte pede silêncio e escuta

Linkin Park
Imagem: Reprodução / YouTube

Mike Shinoda falou abertamente, em uma nova entrevista, sobre as reações que a vocalista Emily Armstrong enfrentou ao assumir os vocais do Linkin Park. Segundo ele, mesmo com o sucesso da nova fase da banda e o lançamento do disco From Zero (2024), elogiado por crítica e público, ainda houve quem escolhesse o caminho do preconceito:



“Houve pessoas que atacaram Emily e isso aconteceu porque ela não era um cara. [Os fãs] estavam acostumados com o Linkin Park sendo composto por seis caras e a voz de um cara liderando essas músicas. Eles estavam tão desconfortáveis com a situação que escolheram um monte de coisas para reclamar. Eles apontavam em dez direções diferentes, dizendo: ‘É por isso que estou bravo, é por isso que a banda é péssima’.

Sim, ainda em 2025, o simples fato de uma mulher ocupar um lugar de protagonismo numa banda de rock é motivo para críticas — não pela performance, mas pelo gênero. Emily, inclusive, admitiu ter ficado surpresa ao ser escolhida para o posto deixado por Chester Bennington, cuja morte em 2017, aos 41 anos, paralisou a banda por anos:


“Eu fui um pouco ingênua, para ser sincera.”


O machismo, como sempre, tenta desviar o foco do que importa. Mas a música fala mais alto. E From Zero mostra que o Linkin Park segue pulsando, com força, honestidade e uma nova energia.


A gente torce para que certas mentalidades fiquem no passado e que o futuro seja feito de escuta, abertura e menos rótulos. Enquanto isso, dá o play em “Up From the Bottom”, um dos pontos altos dessa nova fase. É sobre recomeço. E ele veio com voz de mulher.



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