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“O Agente Secreto” estreia nos cinemas e lidera a bilheteria brasileira

Um thriller político que fala sobre o passado, mas ecoa perigosamente no presente

Wagner Moura em O Agente Secreto
Imagem: Reprodução

Novo filme de Kleber Mendonça Filho, protagonizado por Wagner Moura, mistura suspense, política e memória histórica, e já é um sucesso.



Após meses de expectativa e elogios em festivais internacionais, “O Agente Secreto”, novo longa de Kleber Mendonça Filho, finalmente estreou nos cinemas brasileiros — e já chegou fazendo história. O filme, escolhido para representar o Brasil na corrida pelo Oscar 2026, assumiu o primeiro lugar nas bilheteiras nacionais, superando o blockbuster Predador: Terras Selvagens, mesmo em cartaz em menos salas.


Antes mesmo da estreia oficial, o longa já acumulava R$ 1,36 milhão em sessões antecipadas. Agora, com mais de 100 mil espectadores, confirma-se o impacto de uma obra que une cinema político e suspense psicológico em uma narrativa envolvente e necessária.


Ambientado em Recife, em 1977, o filme acompanha Marcelo (vivido com intensidade por Wagner Moura), um homem que retorna à sua cidade natal em busca de paz — e encontra um país sob vigilância, medo e silêncio. A trama, como nas melhores obras de Kleber, transcende o tempo: fala da ditadura militar, mas também reflete sobre os mecanismos contemporâneos de controle, repressão e alienação.



O elenco traz nomes de peso como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Hermila Guedes e Udo Kier, este último retomando a parceria com Kleber após Bacurau.



No Festival de Cannes, O Agente Secreto teve uma recepção histórica: Kleber Mendonça Filho venceu o prêmio de Melhor Direção, enquanto Wagner Moura levou o troféu de Melhor Ator. A produção também conquistou a Premiação de Cinema de Arte e o Prêmio da Crítica da FIPRESCI, consolidando seu lugar entre os grandes destaques do cinema mundial em 2025.


Com distribuição da Vitrine Filmes, o longa já está em exibição nos cinemas brasileiros, e confirma, mais uma vez, que o cinema nacional ainda sabe como olhar o país de frente, mesmo quando o país insiste em desviar o olhar.

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