Julian Casablancas revela por que se distanciou do The Strokes

Casablancas afirmou que seu afastamento da banda está relacionado à forma como suas ideias políticas são recebidas pelos fãs, mas reconhece a importância do trabalho com o grupo.

Julian Casablancas (Foto de Daniel Zuchnik/WWD via Getty Images)

Julian Casablancas, vocalista e fundador do The Strokes, comentou recentemente sobre seu distanciamento da banda. Em uma entrevista ao LA Times, o músico explicou que, embora continue a apreciar seu papel no grupo, sentiu a necessidade de se afastar, especialmente devido à recepção das mensagens políticas presentes em suas músicas.

Casablancas, que lançou recentemente um novo álbum com seu projeto paralelo The Voidz, mencionou que nem todos os fãs do The Strokes compreendem essas mensagens, o que pode ter contribuído para sua decisão de focar em outras direções criativas.

No entanto, ele ressaltou que continua vendo seu trabalho com a banda como algo positivo, destacando que mantém o equilíbrio entre os dois projetos.

Ao LA Times, Casablancas foi perguntado se havia algo de que sentia falta ao trabalhar com os Strokes ou os Voidz. Ele respondeu: "Talvez uma direção mais do que a outra. Não sei se consigo responder isso sem ofender alguém."

Quando o LA Times sugeriu que isso significava que ele sentia falta dos Voidz, Casablancas concordou: "Às vezes, sim."

Casablancas foi questionado se achava que estava contribuindo para uma “vibe de ópio das massas” ao tocar com os Strokes. Ele respondeu: “Não, porque acredito que agora também insiro ideias políticas nas músicas dos Strokes.”

“Sempre tive até certo ponto”, ele acrescentou. “Definitivamente acho que muitos fãs do Strokes não entendem muito isso, o que talvez seja o motivo de eu ter me afastado um pouco. Mas é um trabalho diário muito legal que tenho a honra de ter, então não me sinto negativo sobre isso. Se estivesse desperdiçando tanto do meu tempo que eu não pudesse fazer nada positivo, então eu faria. Mas não deixo chegar a esse ponto. Pelo menos eu não acho. Eu poderia estar mentindo para mim mesmo.”