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Geezer Butler faz 76 anos: o cérebro filosófico do heavy metal segue vivo no som e na história

Long live Geezer!

Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução

Nesta quinta-feira, 17 de julho, o lendário Geezer Butler completa 76 anos com seu nome firmemente cravado entre os grandes arquitetos do rock pesado. Como baixista e principal letrista do Black Sabbath, Butler não apenas ajudou a moldar o som que viria a ser conhecido como heavy metal, mas também influenciou gerações com sua abordagem densa, inventiva e visceral no instrumento.



Mais do que um mero “homem das quatro cordas”, Geezer foi — e ainda é — uma força criativa singular. Suas linhas de baixo não se limitavam a acompanhar os riffs de Tony Iommi: elas os entrelaçavam, dialogavam, guiavam e, muitas vezes, assumiam o protagonismo das músicas. Basta ouvir clássicos como “N.I.B.”, “War Pigs” e “Children of the Grave” para entender como sua pegada rítmica e seu timbre encorpado transformaram o baixo em um instrumento de expressão agressiva e atmosférica.


Sua influência se espalha por diversas gerações e subgêneros, do thrash metal ao doom, passando pelo stoner e pelo sludge. Baixistas como Cliff Burton (Metallica), Steve Harris (Iron Maiden), Les Claypool (Primus) e até Geezer-lovers mais recentes como Al Cisneros (Sleep, OM) reconhecem a herança estética e sonora que Butler ajudou a fundar.


Mas o legado de Geezer vai muito além do som. Ele foi o principal responsável pelas letras do Sabbath nos primeiros álbuns, mergulhando em temas como ocultismo, guerra, crítica social, paranóia e existencialismo. Sua escrita, sombria e profundamente poética, ampliava a densidade das composições e estabelecia um contraponto lírico ao peso instrumental da banda. Era filosofia underground em forma de verso.



Em tempos de mudanças culturais e revisões históricas, é impossível ignorar o papel que Geezer desempenhou na fundação do metal como arte e linguagem. Se o Black Sabbath é o pai do heavy metal, Geezer Butler é seu cérebro filosófico e seu pulso subterrâneo.


Aos 76 anos, Butler continua sendo referência — não apenas por aquilo que fez, mas pelo que permanece pulsando no som de bandas ao redor do mundo. Uma lenda viva. Um mestre das sombras.


Long live Geezer!



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