Estudo aponta que 87% dos músicos já utilizam IA no processo criativo

(Imagem: Shutterstock)

Um novo estudo da plataforma Landr indica que a inteligência artificial já se tornou parte expressiva do cotidiano da produção musical. Segundo a pesquisa, 87% dos músicos entrevistados utilizam ferramentas de IA em alguma etapa da criação, seja na composição, na produção ou na promoção. O levantamento ouviu mais de 1.200 artistas de diferentes gêneros, níveis de experiência e métodos de trabalho.

De acordo com a Landr, a adoção acelerada da tecnologia tem impulsionado uma nova geração de artistas independentes. As ferramentas inteligentes permitem suprir lacunas técnicas, melhorar a qualidade das faixas e até conduzir todo o ciclo de lançamento sem apoio de uma grande equipe. “Estamos testemunhando a ascensão do artista independente impulsionado por IA”, afirmou Daniel Rowland, vice-presidente de Estratégia e Parcerias da empresa.

Os dados mostram ainda que 29% dos criadores já utilizam geradores de música por IA, principalmente para desenvolver ideias iniciais ou trechos de canções. Entre artistas iniciantes, o número sobe para 51%. Mesmo quem nunca experimentou demonstra interesse: 65% disseram estar abertos a testar plataformas do tipo em trabalhos futuros.

Apesar da rápida adesão, o estudo também aponta cautela por parte dos músicos. Há preocupação com o risco de que ferramentas pouco personalizadas gerem obras “genéricas” ou “sem alma”, além de debates sobre ética, direitos autorais e treinamento de modelos em larga escala. Para a Landr, o movimento indica uma mudança cultural: o sucesso da próxima geração deve ser medido menos por contratos tradicionais e mais pela capacidade de integrar tecnologia ao processo artístico.