Em disco homônimo, The Melody Chamber reverencia décadas antigas da música em paisagens nostálgicas
- Eduardo Salvalaio
- há 21 horas
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Os americanos do The Melody Chamber sabem que a imitação, quando sai boa, não traz riscos ao prazer de ouvir música

Escutar The Melody Chamber nos faz lembrar do primeiro disco dos suecos do The Mary Onettes lá em 2007. Canções com refrões grudentos e envoltas em boas melodias sob uma forte influência do passado, sobretudo dos anos 80. Mesmo com essa pasteurização sonora, era difícil ficar inerte a uma sonoridade tão contagiante.
O The Melody Chamber surgiu através do gosto Pop-80’s que os amigos Wallace Dietz (vocais, guitarra acústica) e Dan-O Deckelman (vocais, guitarra, sintetizadores) possuem em comum. Chamaram Blee Child para a bateria e Randy Mendicino para o baixo. Com o quarteto formado, chegou no início de Novembro o disco homônimo.
Passar pelas 10 faixas do álbum traz um sabor nostálgico, sobretudo para quem viveu a época e ficava atrás de cada novidade musical que surgia. Alguns nomes como The Psychedelic Furs, The Church e The Chameleons nos chegam à mente. Muito que o grupo faz reverencia totalmente o Pós-Punk e a New Wave feitos entre o final dos 70’s e o início dos 80’s.
'Memories Of Fall', a faixa de abertura, possui uma atmosfera embriagada de Echo And The Bunnymen e passa logo o recado para o ouvinte. Por sua vez, ‘This Train’ remete ao R.E.M início dos 80’s, ainda quando o grupo era não tão conhecido e dos tempos das College Rock americanas. O Jangle Pop aparece em faixas como ‘The Boy That Fell Into The Sun’ e ‘Starlight Kisses’. Uma guitarra marcante que fica ecoando no cérebro. Aqui, a lembrança recai para The Smiths.
‘Marianne’ traz vocal masculino e feminino (cortesia de Jessica Pooley). ‘Pieces Of The Puzzle’ destaca um baixo acentuado e adiciona pitadas sutis de eletrônica para a canção. Os americanos do The Melody Chamber sabem que a imitação, quando sai boa, não traz riscos ao prazer de ouvir música.











