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E se a gente tentasse colocar os Beatles em ordem?

Atualizado: há 10 horas

Do grito de Liverpool à transcendência de Abbey Road — cada disco é uma revolução

Beatles
Imagem: Reprodução

Tem coisa que não se explica. Só se sente. Os Beatles não foram só uma banda. Foram um abalo sísmico na cultura, na juventude, na linguagem, no tempo. Eles mudaram tudo — e depois seguiram mudando a si mesmos. A cada disco, uma versão diferente de mundo. A cada faixa, uma fresta no peito da humanidade.



E mesmo assim, aqui estamos — tentando organizar o inorganizável. Botar em ordem aquilo que moldou o caos. Não é sobre técnica, é sobre tesão. Não é sobre teoria musical, é sobre aquele frio na espinha quando “A Day in the Life” explode.


É pessoal. É íntimo. É absurdo. E é por isso que vale a pena.



13. Yellow Submarine (1969)

Yellow Submarine
Imagem: Divulgação

É trilha, é colagem, é colateral. Meio disco de sobras, meio George Martin brincando de maestro. Serve pra fechar a coleção, não pra abrir os ouvidos. Mas até os restos dos Beatles têm mais alma que muita discografia por aí.


12. Beatles for Sale (1964)

Beatles for Sale (1964)
Imagem: Reprodução

Exaustos. Essa é a palavra. Eles estavam cansados, em turnê, sugados pela indústria. E isso aparece aqui: covers demais, coração de menos. Mas “I’m a Loser” e “I’ll Follow the Sun” já mostravam Lennon e McCartney se esfarelando por dentro.


11. Please Please Me (1963)

Please Please Me (1963)
Imagem: Reprodução

A faísca. O primeiro soco. Um debut gravado em um só dia, como quem precisa cuspir tudo antes que o mundo acabe. Tem sua ingenuidade, mas também tem “Twist and Shout” rasgando a garganta até a alma. Um começo urgente. E necessário.



10. With the Beatles (1963)

With the Beatles (1963)
Imagem: Reprodução

Eles ainda estavam entendendo o que eram. Covers ainda ocupam espaço demais, mas “All My Loving” e “It Won’t Be Long” já apontam pra frente. Pra algo maior. Pra algo além da histeria. O som da engrenagem começando a rodar.


9. A Hard Day’s Night (1964)

 A Hard Day’s Night (1964)
Imagem: Divulgação

O começo do domínio absoluto. O primeiro disco só com composições deles. E que começo. A guitarra que abre o disco é uma explosão. Lennon liderando com força bruta e ironia sentimental. É pop, é cinema, é juventude querendo quebrar tudo.



8. Let It Be (1970)

Let It Be (1970)
Imagem: Reprodução

Não é fim. É colapso. É o som de quatro gênios que não se suportam mais — e ainda assim soam maiores que qualquer banda feliz. “Across the Universe” é um mantra. “Let It Be”, uma prece. “Get Back”, uma última tentativa. Fragmentado. E imortal.



7. Help! (1965)

Help! (1965)
Imagem: Reprodução

Ainda dentro da fórmula pop, mas já esticando a pele da criação. “You’ve Got to Hide Your Love Away” é Dylan nos olhos do Lennon. “Yesterday” é McCartney abrindo o coração num sonho. Um disco com um pé no passado e outro flertando com o infinito.




6. Magical Mystery Tour (1967)

Magical Mystery Tour (1967)
Imagem: Reprodução

É um delírio. Uma viagem lisérgica que mistura trilha, singles e sobras — e mesmo assim soa como obra-prima. “Strawberry Fields Forever” é a epifania. “I Am the Walrus” é o caos poético. Psicodelia virando pop. Pop virando arte. Arte virando loucura.




5. Rubber Soul (1965)

Rubber Soul (1965)
Imagem: Reprodução

Aqui tudo muda. O som, a letra, a alma. Eles deixam de ser ídolos e viram artistas. “Norwegian Wood” é sarcástica e erótica. “In My Life”, uma carta de amor pro tempo. O folk, o ácido, o existencialismo chegando pela porta da frente.



4. The Beatles (White Album, 1968)

The Beatles (White Album, 1968)
Imagem: Reprodução

É o caos. A implosão. Cada um por si, gravando em estúdios diferentes, e mesmo assim criando um épico de 30 faixas. Vai do silêncio de “Blackbird” ao barulho de “Helter Skelter”. Um disco sem centro, sem lógica. E por isso mesmo: imenso.




3. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)

 Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
Imagem: Reprodução

A revolução estética. O disco que reinventou o conceito de álbum. Arte gráfica, conceito fictício, colagens sonoras, experimentos. “A Day in the Life” encerra tudo com um baque orquestral. Mais que música: foi um acontecimento cultural.



2. Abbey Road (1969)

Abbey Road (1969)
Imagem: Reprodução

O canto do cisne. Gravado como se fosse o último. “Something” é uma das maiores declarações de amor de todos os tempos. O medley final é como um adeus épico, teatral, transcendental. Eles sabiam que era o fim. E foram de cabeça erguida.



1. Revolver (1966)

Revolver (1966)
Imagem: Reprodução

O topo. O disco que mais ousou, mais quebrou, mais explodiu. “Tomorrow Never Knows” parece gravada no futuro. “Eleanor Rigby” é barroca, sombria, desesperada. “I’m Only Sleeping” é poesia em transe. Aqui, os Beatles não só mudaram de fase — mudaram a história.







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