Com The Great Awakened, Shearwater ressurge bem e confiante depois de um hiato de 6 anos
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Com The Great Awakened, Shearwater ressurge bem e confiante depois de um hiato de 6 anos


Foto: Bryan Parker

Shearwater é de Austin (Texas) e, primeiramente, surgiu em 2000 como um projeto paralelo formado pelos músicos Will Sheff (Okkervil River) e Jonathan Meiburg (Kingfisher). Entretanto, ao longo dos anos, o projeto recebeu novos integrantes, passou por diferentes formações e praticamente ficou só nas mãos de Meiburg (Sheff sai em 2006).


Meiburg segurou bem a empreitada e o Shearwater manteve uma discografia interessante com álbuns que figuraram entre listas de melhores do ano. Inclusive, se deram ao luxo de lançar “Fellow Travelers” (2013), um álbum de covers homenageando grupos como Xiu Xiu e Coldplay. O grupo chega agora em 2022 ao décimo disco “The Great Awakening”, isso após um longo hiato em relação ao último trabalho, “Jet Plane And Oxbow” (2016).


As canções do Shearwater passeiam em diversos gêneros e transmitem ao ouvinte sentimentos como bucolismo, melancolia, reflexão e até mesmo furor. Engajados com as causas animais e ambientais, as letras das músicas e as capas dos álbuns refletem bem essa atitude inabalável do projeto musical.


O novo álbum mostra um Shearwater que sempre fez questão de flertar com um panorama sonoro onde os variados instrumentos criam texturas muitas vezes estranhas e estilhaçadas, como é o caso de ‘Milkweed’ que termina caótica com uma orquestra prestes a explodir.

O mesmo vale para ‘Laguna Seca’ que apesar de um contorno Folk, abriga uma batida tribal, baixo acentuado e violinos estridentes, tudo dentro de um propósito experimentalista. Ainda podemos conferir o piano soturno que abre ‘Aqaba’, canção essa que mostra um Meiburg mostrando seu lado bem lírico.


Um dos destaques do álbum, ‘Xenarthran’, se deixa levar por uma melodia contagiosa com vozes em ecos, guitarra límpida e violinos criando um clima ideal para uma música que faz questão de se embrenhar num cenário etéreo. Ainda dá tempo de arriscar um Lo-fi em ‘Detritivore’ e entregar um Pop-Rock enérgico que gruda na primeira audição, caso de ‘Empty Orchestra’ (talvez uma das canções mais acessíveis do disco na primeira audição). ‘Wind Is Love’ flerta com a Eletrônica deixando batidas mais dançantes e tirando um pouco a carga melancólica do álbum.


Jonathan Meiburg é outro músico que aparece inesperadamente depois de um longo hiato. Mas que não perde sua experiência e paixão em criar música. Embora “The Great Awakening” seja até difícil de recomendar, sobretudo se o ouvinte for novato na sonoridade da banda, é um Shearwater querendo voltar a ativa nesta década tão densa, sombria e caótica. E parece se sentir bem e confiante com isso.

 

The Great Awakening

Shearwater


Lançamento: 10 de junho de 2022

Gênero: Indie Rock, Rock Alternativo, Pop Rock

Ouça: "Laguna Seca”, "Milkeed" e "Empty Orchestra"

Humor: Bucólico, enérgico e atmosférico


 

NOTA DO CRÍTICO: 7,0

 

Veja o vídeo oficial de ‘Xenarthran':


 

Spotify:
















 

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