Colin Greenwood afirma que o setlist da turnê do Radiohead em 2025 terá uma "abordagem de música de rua"
- Marcello Almeida

- 6 de set.
- 2 min de leitura
“Acho que será a primeira vez que faremos shows sem material novo para tocar..."

O silêncio de quase uma década chega ao fim: o Radiohead voltará aos palcos em novembro para uma turnê de 20 shows pela Europa e Reino Unido, marcando a primeira reunião do grupo desde 2018. O anúncio transformou panfletos misteriosos em cidades como Madri, Bolonha, Copenhague, Berlim e Londres em motivo de euforia para fãs que esperavam por esse momento.
A jornada terá início em Madri e culminará em Londres, onde Thom Yorke e companhia farão uma residência de quatro noites no The O2, em Greenwich, nos dias 21, 22, 24 e 25 de novembro. Trata-se de um retorno histórico para uma banda que sempre tratou suas apresentações como experiências imersivas, entre luzes, atmosferas e repertórios que desafiam expectativas.
Sobre o setlist, o baixista Colin Greenwood revelou em entrevista ao podcast de Adam Buxton que a banda deve adotar uma abordagem surpreendente:
“Ah, acho que vai ser um set mixado. Acho que reduzimos para umas 70 músicas. Eu e meu irmão [Jonny Greenwood] não estamos no comitê do setlist, não podemos participar, porque somos muito indecisos. Então, tocamos qualquer coisa, em qualquer ordem, a qualquer hora. Adotamos uma postura meio de artista de rua em relação ao repertório do Radiohead.”
Greenwood ainda adiantou que essa poderá ser a primeira turnê sem canções inéditas em fase de teste:
“Acho que será a primeira vez que faremos shows sem material novo para tocar como trabalho em andamento. Mas nunca se sabe, algumas coisas podem surgir ou não, ou sei lá o quê.”
A ausência de músicas inéditas não diminui a expectativa. Ao contrário: transforma cada show em uma espécie de celebração de toda a obra, com mais de 30 anos de canções que redefiniram os limites do rock experimental e da música popular.
Se o Radiohead sempre foi uma banda imprevisível em estúdio, agora promete ser ainda mais imprevisível no palco — e é justamente aí que mora sua força.















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