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Atelier Ryza 3: Alchemist of the End & the Secret Key resulta em alquimia nem tão perfeita mas que convence

 Aqui, o forte ainda é a alquimia e passaremos um bom tempo no caldeirão tentando criar aquele equipamento que tanto desejamos

Atelier Ryza 3: Alchemist of the End & the Secret Key
Créditos: Koei Tecmo / Divulgação

Todo bom jogo de JRPG tem os elementos necessários que o fã do gênero já conhece. Entre eles, podemos citar: muitos monstros e chefões para combater, regiões para explorar, equipamentos e itens para escolher e evoluir. Além disso, personagens e enredo da história também merecem destaque. Algum como exemplo a série Final Fantasy, trouxeram até mesmo questões sócio-políticas em sua trama.

 


A série Atelier possui mais de 20 jogos com diversos personagens. Surgida desde 1997, ficou bem conhecida pelo desenvolvimento da alquimia nos jogos. Sim, o processo de criação de equipamentos, armaduras, armas e itens tem todo um diferencial e dependem muito da observação, estratégia e versatilidade do jogador.

 

Com materiais de diversos tipos que vamos recolhendo pelos cenários, podemos em nosso atelier preparar centenas de recursos que nos auxiliarão em nossa jornada. Mesmo com vendedores pelas cidades, a sensação maior na série é justamente perder tempo diante do caldeirão e experimentar novas receitas que adquirimos.

 

Atelier Ryza 3: Alchemist of the End & the Secret Key mantém a tradição. Está tudo ali. Muitos cenários para percorrer e explorar, monstros para enfrentar e um caldeirão pronto para ser usado. E é exatamente neste último aspecto que o jogo tem seu potencial. Muitas possibilidades de criação e dezenas de materiais para coletar que serão explicadas conforme avançamos na história.

 

E não adianta o jogador fazer tudo sem pensar ou de forma rápida, mesmo que com apenas um botão o próprio jogo crie o item/equipamento na hora que quisermos. Aqui é preciso, mais do que nunca, analisar cada material, observar efeitos que eles carregam, quais combinações são melhores e os resultados mais atraentes.

 

As habilidades são adquiridas conforme as criações realizadas. Quanto mais complicadas, mais pontos obtemos. A própria árvore de habilidade concede um bônus de 50% sobre esses pontos. Além disso, podemos melhorar/expandir nossos ateliês para também ganhar mais benefícios (como pontos).

 

Créditos: Koei Tecmo / Divulgação
Créditos: Koei Tecmo / Divulgação


Como a maioria dos jogos de JRPG, os cenários são bem detalhados, vivos e coloridos, com toda uma fauna e flora rica de ser explorada. A transição entre os períodos como amanhecer, entardecer e noite ficou muito bem apresentada. Lagos, oceanos, florestas, vilas e ruínas engrandecem um mundo gigantesco.   

 

Para quem adora investigar cada canto, aqui essa tarefa pode mais do que essencial. Os mapas são encobertos. O jogador precisa usar seus sentidos para encontrar caminhos que não consegue visualizar. Conforme descobrimos marcos (landmarks), parte do mapa fica visível trazendo mais facilidade para se chegar a outros lugares (com seus devidos marcos). Após descobertos, também podemos fazer viagens rápidas entre eles.

 

Não deixa de ser uma interessante mecânica, mas pode ser um pouco irritante em mapas mais complexos e com muitos atalhos/bifurcações. Outro percalço é que existem trechos que dependem de cordas para atravessar penhascos, mas para isso é preciso criar um acessório específico para utilizá-las. Quanto melhor o acessório, mais lugares serão acessados (então, não deixe de criar/aprimorar tais ferramentas).

 

Com muitas missões para realizar, o jogo não nos deixa parados. A bronca fica por conta de que algumas missões se repetem em criar algum item e levar para um determinado NPC. Um processo que acaba lento e desgastante, sobretudo quando a tarefa envolve inúmeras viagens rápidas e não ocorrem combates.

 

Também existem outras atividades como pesca, porém aqui ela não teve um desenvolvimento tão bom a exemplo do que acontece em jogos como Sea Of Stars e Tales of Arise. Outra tarefa é domesticar um dos monstros para que ele saia na coleta de materiais para nosso atelier a cada dia que passa. Útil, apesar de não acrescentar tanta novidade na jogabilidade.

 

Caso não tenhamos os materiais necessários, precisamos correr atrás de algum lugar que eles possam ser adquiridos (mas é quase difícil que o jogador não use o Google por conta de tantos materiais que o jogo contém). Outro problema é que algumas criações acabarão ficando de lado em prol de outras que serão mais necessárias para melhores armas e avançar na história. É arriscado o jogador terminar a história sem ter criado metade das receitas.

 

Créditos: Koei Tecmo / Divulgação
Créditos: Koei Tecmo / Divulgação

O combate rápido e dinâmico processado por batalhas reais é um charme no jogo. Infelizmente, o número exagerado de personagens (11) para se escolher não influencia tanto numa maior variedade de mecânicas. Podemos deixar 3 personagens na frente e mais dois de suporte (basta apertar um botão para que eles sejam trocados dentro das batalhas).

 

Podemos executar golpes, inclusive usando habilidades distintas conforme uma barra de PA (Pontos de Ação) vai enchendo. Cada habilidade tem um custo de PA e elas podem ser atribuídas em botões específicos na tela de menu. Depois de um tempo, podemos executar o Fatal Drive, um golpe devastador com todo um exagero gráfico (que lembra um anime de Ação).

 

O sistema de chaves é uma novidade. Após criarmos chaves, podemos modificá-las em monstros e marcos pelos cenários. Com isso, obtemos atributos e bônus aleatórios que serão úteis em nossa jornada. Essas chaves também são necessárias para acessar passagens e abrir cestas que contém itens melhores pelos cenários. Quanto mais rara a chave, melhores as recompensas que conseguimos.

 

O problema é que esse sistema pode demorar um pouco a ser compreendido por alguns jogadores. É preciso desde o início criar várias chaves com os melhores materiais possíveis e assimilar como o processo acontece gradativamente. Aqui a ordem é criar e experimentar várias situações possíveis que tais objetos proporcionam.

 

O jogo possui tanto save automático como manual. Na versão testada, a de PS4, o aplicativo rodou sem travamentos e sem crashes. Os loadings e as viagens rápidas ocorreram sem problemas e não são tão longos para carregar.

 

Atelier Ryza 3 não é um dos melhores jogos da série (que tem grandes representantes como Atelier Escha & Logy), mas também não corrompe o sentido que o nome Atelier criou ao longo dos anos. Aqui, o forte ainda é a alquimia e passaremos um bom tempo no caldeirão tentando criar aquele equipamento que tanto desejamos.

 

Trailer do jogo:


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