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9 Monkeys Of Shaolin traz a nostalgia e a diversão dos Beat’em’ups, embora seja curto e simples

Atualizado: 23 de mai. de 2023

O jogo é curto e simples, todavia pode saciar o apetite de quem é fã do Beat’em’up e de quem gosta de temáticas que se inspiram na cultura asiática.

Foto: Buka Entertainment


Jogos de Beat’em’up fizeram parte da vida de muitos jogadores. O gênero foi muito adorado durante as épocas dos fliperamas. Um tempo em que nós lotávamos nossos bolsos com fichas porque muitos continues seriam necessários para se chegar ao último chefe e conquistar todos os cenários. Grandes clássicos como Final Fight, Cadillacs And Dinosaurs e Streets Of Rage garantiram a diversão de muitos jogadores.


O gênero não possui segredos. Ande por cenários, bata e chuta em tudo que entrar em seu caminho. Canos, barras de ferro e armas encontrados no chão também são ótimos aliados. Porém, o gênero sempre é melhor se jogado com 2 ou mais amigos, isso porque os cenários são infestados com hordas de inimigos, sobretudo a cada avanço da história.



Os comandos não costumam ser complexos e muitas vezes o jogador nem precisa de um tutorial. Claro que com o tempo, começaram a aparecer inovações como melhoria de habilidades e atributos, além de que alguns jogos também passaram a ser menos lineares.



9 Monkeys Of Shaolin traz essa nostalgia. Mas hoje, com o conforto dos consoles em nossos lares, de dar continue à vontade e quando quiser. O jogo foi desenvolvido pela empresa russa Sobaka Studio. O importante aqui é trazer a atmosfera dos filmes de Kung-fu dos anos 70, com um toque de simplicidade e explorando a técnica 2,5D (que nunca perde o charme entre os jogadores).


No jogo, vamos viver o papel do personagem Wei Cheng, um pescador que sai em uma jornada para vingar a morte de sua família e de amigos de uma ilha invadida. A princípio os golpes são fracos e a cada fase da história, adquirimos outros movimentos. Claro, temos as habilidades que, depois de melhoradas completamente, podem ser devastadoras para derrotar grupos de inimigos.


Dividido em 5 capítulos (com suas missões específicas), há dificuldades distintas a serem escolhidas para completar as missões. E, terminando o jogo, é possível retornar a qualquer missão desejada e tentar passar por ela em outra dificuldade superior. Entretanto, com todos os upgrades das habilidades realizados, mesmo a dificuldade mais alta nem trará tanto obstáculo para quem joga. O jogador mais hardcore pode não gostar disso, porém o novato nesse gênero se sentirá mais confortável.


No final de cada missão ganhamos pontos de experiência. Novos equipamentos também surgem sendo que estes podem apresentar pontos positivos e até negativos, incentivando o jogador a elaborar estratégias adequadas conforme seu jeito de jogar. Há muitas variedades de golpes, em contrapartida, é quase certo que o jogador apelará bastante nos golpes especiais sobretudo quando todas as melhorias forem adquiridas.


A HUD é nada complicada, inclusive para quem está acostumado a esse tipo de jogo. Um ícone mostra as 4 poções que você pode ingerir para recuperar sangue ou então ficar mais forte por alguns segundos, a barra de sangue e de estamina também estão presentes. Para completar, o jogador também pode visualizar sua pontuação e o número de combos que fez.


O jogo apresenta uma boa fluidez nos combates, praticamente sem travamentos. Algumas sequências de golpes poderiam ter recebido um capricho maior na movimentação, pois muitos acabam confusos, inclusive os especiais. E apesar da variedade de golpes, talvez o jogador nem use todos.


Os cenários capturam bem a essência da cultura oriental milenar e nos colocam dentro de uma China antiga, embora não sejam tão extravagantes: florestas de bambus, vilas de pescadores, pontes, moinhos d’água, calabouços, navios piratas. As cores esmaecidas também conferem um clima retrô ao jogo.

O modo cooperativo está presente, apenas para dois jogadores e de forma offline. Ficou faltando um online, o que pode ser um pecado se pensarmos nesse gênero de jogo onde ter um parceiro fica mais divertido. Infelizmente o jogo termina entre 6 a 10 horas e o fator replay fica por conta apenas de tentar outras dificuldades.



Existem itens secretos espalhados pelos cenários que, encontrados, garantem mudanças visuais no jogo e no personagem, embora isso não desperte tanto interesse em alguns jogadores. Para quem busca conquistas/troféus, o jogo também não exige tanto e conseguir alcançar todos os desafios propostos não é nada complicado.


9 Monkeys Of Shaolin é curto e simples, todavia pode saciar o apetite de quem é fã do Beat’em’up e de quem gosta de temáticas que se inspiram na cultura asiática. Faltam alguns caprichos a mais que, de uma forma geral, também não tiram totalmente a diversão do jogo. Chame algum amigo ou alguém da sua família e esteja pronto para colocar o Kung-fu em dia.

 

9 Monkeys To Shaolin


Gênero: Beat’em’up, Jogo de luta

Lançamento: 12 de setembro de 2020

Modo: Jogo multijogador

Plataformas: Xbox One, Microsft Windows, PlayStation 4


 

NOTA DO CRÍTICO: 7,0

 

Trailer do jogo:




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