Vinte cinco anos de Buena Vista Social Club: o disco que fez o mundo conhecer a rica música cubana
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Vinte cinco anos de Buena Vista Social Club: o disco que fez o mundo conhecer a rica música cubana





A década de 90, trouxe discos clássicos, espetaculares e únicos que entraram para a história por sua riqueza em diversos gêneros musicais em volta dos mais diversos países do planeta Terra. Entre esses está o “Buena Vista Social Club”, o disco que apresentou ao mundo a rica música cubana.


Para aprofundar nesse disco, é preciso voltar em 1996, quando o genial guitarrista estadunidense Ry Cooder manifestou interesse pela música cubana e foi até lá para conhecer melhor, a ponto de querer gravar com eles. A decisão fez com o que o músico fosse multado em 100 mil dólares pelo governo dos Estados Unidos por gravar nesse país.


Muitos dos músicos cubanos que participaram e formaram o grupo Buena Vista Social Club estavam no limbo do ostracismo ou estavam com a fama em baixa na época. Eles formaram a banda para homenagear um antigo clube de música que existiu em Havana (capital de Cuba) na década de 1950, e para destacar a riqueza musical do país caribenho.


A insistência de Cooder valeu a pena por não apenas conseguir pagar a multa ao governo dos Estados Unidos, mas, por fazer um álbum que é admirável, amável e idolatrável que mostra sua riqueza a ponto do guitarrista convidar seu amigo de longa data o extraordinário cineasta alemão Wim Wenders com quem trabalhou no maravilhoso filme "Paris, Texas" para dirigir um documentário que leva o nome do disco com intuito de explorar os bastidores do álbum e de contar a história da música cubana através das narrativas de vida desses artistas.


O documentário só foi lançado em 1999, mas o disco foi lançado em 1997, e nele temos uma sonoridade nítida, magistral, visceral, hipnotizante e fascinante, faz ouvinte se sentir em uma festa cubana com um copo de mojito na mão. E esse documentário foi continuado anos depois em 2017 com o título "Buena Vista Social Club: Adios" quando o conjunto resolveu se aposentar, entretanto, Wim Wenders não dirigiu ele e sim a excelente cineasta britânica Lucy Walker.


Entre as belas músicas do disco estão “Chan Chan” que mistura salsa com guajira, graças à interpretação de Compay Segundo. "De camino a la vereda" tem elementos jazzísticos graças ao canto de Ibrahim Ferrer. A faixa-título tem um forte trabalho do piano de Rubén González, e se torna o ponto alto da canção. "Veinte años" um bolero emocionante de Compay Segundo com Omara Portuondo, que vai colocar um sorriso em seu rosto. “El cuarto de Tula" apresenta um som dançante e eletrizante, já em "El carretero" com sua ótima vibração, levada por violão e pela voz de Eliades Ochoa, soa emocionante e aconchegante. "La bayamesa" traz uma sonoridade bem impressionante e emotiva.


“Buena Vista Social Club” é um trabalho essencial que mostra a competência e o talento de esplêndidos músicos, uma amplitude cultural que enriquece culturalmente a alma e os ouvidos, um impacto gigante que apresentou ao mundo um som eterno que coloca o ano de 1997, como um período especial, ao ampliar de forma triunfal a música no seu aspecto mundial.

 


Buena Vista Social Club


Gênero: Música latina, Música cubana, bolero, guajira

Lançamento: 16 de setembro de 1997

Ouçam: "Chan Chan", De camino a la vereda", "Veinte años"

Humor: Reflexivo, corajoso e rustico


 

NOTA DO CRÍTICO: 10

 

Ouça no Spotify:





















 

Confira o clipe da faixa "Chan Chan"


 



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