Vendas de livros no Brasil cresce pela primeira vez desde junho de 2023

O último crescimento registrado no setor havia sido em junho de 2023, com um aumento de 8,01% no volume de vendas.

Livraria Leitura. Crédito: Carolina Linz.

No Brasil, a venda de livros apresentou um crescimento significativo durante o terceiro período deste ano, de acordo com o Painel de Varejo de Livros, uma pesquisa realizada pela Nielsen Book em parceria com o Sindicado Nacional dos Editores de Livro (SNEL). Entre os dias 27 de fevereiro e 26 de março, foram comercializados 5.044.068 livros, representando um aumento de 8,95% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O faturamento das editoras também registrou uma alta expressiva, crescendo 15,95% e alcançando a marca de R$ 245 milhões. Em relação ao preço dos livros, houve um aumento de 6,42%, elevando o valor médio para R$ 48,65.

Os resultados positivos foram atribuídos às promoções da Semana do Consumidor, realizada em março, proporcionando um alívio para as editoras que vinham enfrentando quedas nas vendas nos últimos meses. O último crescimento registrado no setor havia sido em junho de 2023, com um aumento de 8,01% no volume de vendas.

Dante Cid, presidente do SNEL, comemorou o retorno do crescimento e destacou a importância da Semana do Consumidor como um período estratégico para o mercado. Ele ressaltou que o crescimento durante esse período demonstra a atenção do consumidor e abre espaço para explorar outras oportunidades semelhantes.

A pesquisa revelou que a Semana do Consumidor de 2024 apresentou um movimento mais agressivo e com mais descontos em comparação ao ano anterior. O desconto médio nos livros durante esse período foi de 25,96%, um aumento de 2,36% em relação a março do ano anterior.

Apesar do crescimento no terceiro período, no acumulado do ano, as vendas de livros ainda registram uma queda de 3,01% em comparação ao primeiro trimestre de 2023. No entanto, o faturamento do setor apresentou um aumento de 8,65%.

Os resultados positivos indicam uma recuperação do mercado e trazem uma perspectiva otimista para o restante de 2024.