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Tapestry: 50 anos de uma obra sentimentalista e atemporal

Foto do escritor: Marcello AlmeidaMarcello Almeida

Atualizado: há 2 dias



 Uma obra excepcional e, sem dúvida, um dos melhores álbuns de 1971

Imagem: Reprodução.
Imagem: Reprodução.

O dia hoje amanheceu chuvoso por aqui. Dias assim pedem uma boa trilha sonora. Como de costume, recorro a uma das vozes mais doces e melódicas da música: Carole King e seu magistral Tapestry. Santo Spotify, me salvando nas horas em que mais preciso! Sim, ainda não tenho essa pérola rara em minha coleção de CDs, algo que me faz lembrar que preciso corrigir esse erro o mais rápido possível.


Existem discos que fazem da nossa vida algo mais significativo. Soam perfeitamente como se fossem feitos justamente para você, encaixando-se como a trilha sonora ideal para um dia de domingo e para a vida toda. Tapestry é um desses encontros magistrais que definem muito bem a ideia de existencialismo, que fazem da vida essa jornada repleta de sabores — sejam eles agridoces ou uma instantânea dose de felicidade. E Carole King consegue cantar isso de uma forma tão doce e profunda, transformando as dores da alma e do coração em mera inspiração para criar canções fabulosas.


Vai ver é isso que torna esse disco tão humano. São músicas que exprimem a vida como ela realmente é. Cara! Adoro essa conexão, essa viagem que certas obras me permitem fazer dentro da minha própria jornada. Nessa viagem sonora, levo comigo canções de Bob Dylan, Beatles, David Bowie, Teenage Fanclub e tantos outros pelo caminho.



Essa é a conexão que muitos discos possuem entre si, simplesmente pela forma como me fazem sentir. E quem vai explicar? Realmente, não cabe explicações. E quer saber de uma coisa? A vida é muito curta para explicações.

Por isso, adoro essa minha conexão com o segundo disco da carreira solo de Carole King, um álbum atemporal e emotivo, repleto de reflexões sobre a vida, o amor e a amizade. Um disco maravilhoso, que eu gosto muito. A obra completou 50 anos de lançamento e continua deslumbrante e comovente, trazendo, ao longo de suas 12 faixas, confissões e sentimentos de Carole. Um álbum que envelhece cada vez melhor, meus amigos.


Tapestry foi lançado em 1971 e contou com a participação de James Taylor, Joni Mitchell e um grupo de músicos talentosos. Em comparação com seu primeiro disco, Writer (1970), este trabalho é mais minimalista e revela uma entrega total, seja nas letras emotivas sobre amor, saudade e sentimentos que afagavam a cantora na época, seja na voz de Carole, que soa mais viva e crua, evidenciando essa entrega de corpo e alma. Os arranjos são belíssimos e demonstram toda a dedicação envolvida. A força das músicas reflete a intimidade do álbum, algo já perceptível pela bela e icônica capa.


O álbum abre com a faixa I Feel The Earth Move, uma canção mais embalada, onde se destacam o piano, o contrabaixo e os acordes de guitarra, que são magistrais. A letra fala sobre o amor, como ele aquece nossos dias e estremece nosso chão. Em seguida, caímos em So Far Away, uma música que soa quase biográfica — talvez pelo fato de Carole ser cantora e ter passado muito tempo longe de casa. A canção aborda justamente esse sentimento de distância, a saudade e a impossibilidade de ver as pessoas que se ama, emoções intensificadas pelos vocais delicados da artista.


It's Too Late é uma das canções mais bonitas e conhecidas de Carole, daquelas que quebram o coração. A música fala sobre o fim de um relacionamento e como, com o tempo, as coisas vão esfriando. Home Again é uma das faixas mais curtas do disco, mas seu destaque está na voz e no instrumental, que estão simplesmente sensacionais.


A canção faz uma conexão direta com So Far Away, retomando o tema da saudade, só que de uma forma ainda mais intensa e fluida. O álbum segue essa atmosfera introspectiva, delicada, honesta e bela. Uma obra excepcional e, sem dúvida, um dos melhores álbuns de 1971.

 

Artista: Carole King;

Data de Lançamento: 10 de fevereiro de 1971;

Produção: Lou Adler

Gravadora: Ode;

Gênero: Música pop, Folk rock, Soft rock;

Ouça: "way Over Yonder", "It's Too Late" e "So Far Away".




 

 























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