Shirley Manson perde a paciência com bola de praia em show do Garbage e desabafo viraliza
- Marcello Almeida

- há 1 dia
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O público riu, vibrou e o vídeo rapidamente ganhou força nas redes sociais

Shirley Manson nunca foi do tipo que engole incômodo calada, e, no Good Things Festival, na última sexta-feira (5), isso ficou mais claro do que nunca. No meio do show do Garbage, a vocalista avistou um homem na plateia segurando uma bola de praia e reagiu no ato, sem suavizar o recado.
“Cara com a porra da bola de praia. Ah, eu estou com tanto medo de você, estou tão animada com você. Que babaca do c*ralho.”
O público riu, vibrou e o vídeo rapidamente ganhou força nas redes sociais. Horas depois, Shirley levou a conversa para o Instagram da banda, e, fiel ao espírito punk, reforçou exatamente o que pensa.
“Eu não vou me desculpar por ficar irritada com bolas de praia em shows. Eu entrei em uma banda porque EU ODIAVA A PORRA DA PRAIA. Eu entrei em uma banda porque queria escutar Siouxsie and the Banshees e The Cure e ser obscura e bonita. Continue ouvindo Spotify e jogando sua bola pra lá e pra cá como se você tivesse 10 anos. Eu amo a comunidade musical e quero respeitar seus artistas. Estou muito cansada de caras consumindo música de graça e nos tratando como atrações de circo.”
No domingo (7), a plateia decidiu responder com ironia: o show seguinte do Garbage recebeu uma chuva de bolas de praia, em todos os tamanhos possíveis. Manson, claro, percebeu e retomou o microfone, mas dessa vez o rumo foi outro.
“Preciso falar sobre as suas gloriosas bolas de praia — elas são realmente impressionantes. A única coisa que me choca é que fizeram mais alarde sobre eu ter ofendido as bolas de praia do que sobre os cerca de 20.000 jovens palestinos que agora estão enterrados.”
Ela aproveitou o gesto para ampliar o debate:
“Enquanto os britânicos inventam alguma retórica maluca, eu gostaria de lembrar o que realmente importa nesta vida. Talvez uma bola de praia traga alegria, e por isso peço desculpas. Se eu os incomodei, peço humildemente desculpas. Mas eu gostaria mesmo é que os governos atuais se desculpassem pelo que está acontecendo na Palestina.”
Shirley, mais uma vez, fez o que sempre faz: transformou o desconforto em manifesto.















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